sexta-feira, 7 de março de 2014

A Choupana



Simples!
Ela é simples quanto o soprar dos ventos e,
complexa como as lágrimas que se 
perdem no nada, como o pranto que nunca
pediu para ser pranteado.

Bela como o cantar dos pássaros, meiga 
como os afagos apaixonados a choupana 
encarna as ilusões e as desilusões. 
Choupana!
Bela!
Simplesmente bela, choupana.

Choupana!
A luz em sua janela baila num eterno 
daqui para lá e de lá para cá. 
Como a amante apaixonada aguarda 
quem está para chegar. 
Deixa chegar.  

Em sua pretensa solidão, a choupana 
baila ao ritmo dos sorrisos e das 
lágrimas.
Dada às despedidas, ouve consternada os 
adeus e os "até já" dos amores e dos 
desamores que se dão em seu viver. 

Doce como o orvalho que banha as 
madrugadas, meiga como o perfume da 
brisa que sopra o anoitecer e apaixonante
como a mais linda das mulheres, a 
choupana em sua forma
singela se ser, encanta.

           Lido da Silva - Chuy, Março de 2014


                        &

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