Que saudade!
Saudades, saudades, saudades.
Saudades que choro em minha saudade,
saudade que ressente do que se perdeu no
tempo, saudade que chora o que nunca
esqueci.
Saudades!
Saudades de evento não vividos,
saudades de passagens adormecidas que,
em meio a minha solidão, acordam para
me falar de saudades, e reclamarem por
não terem acontecido, saudades!
Saudades do muito que deixou de
acontecer em minha vida por causa da
minha timidez.
Saudade do tudo que
foi deixado para
depois, saudades do que foi evitado e de
tudo por que chorei, saudade!
Saudades, saudades!
Saudade da minha rua, saudade da lua,
saudades da moça da esquina, saudades
dos beijos que não beijei, saudades dos
abraços que não abracei, saudade!
Saudades que, caladas, escondem
prantos, saudades que riem dos meus
desencantos, saudades do que deixei de
falar, saudades que nunca confessei.
Saudades! Saudades! Saudades.
Saudades choradas em silêncio,
saudades escondidas em sorrisos,
saudades nos abraços de despedidas,
saudades de tudo que o tempo levou,
saudades do que o tempo apagou.
Meu Deus, que saudade!
Saudade dos sorrisos que não me
sorrirão outra vez, saudades dos abraços
que jamais voltarão a me abraçar e,
saudades dos beijos que jamais não me
me beijarão outra vez.
Lido da Silva, Chuy, março de 2014
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