Ministro se fez.
Embriagado em devaneios, se
Despiu de sua humildade e,
Ambicioso, missionário se
Tornou.
Tomado pela fome indomável
Da ambição, dos bons princípios
O Tolo se olvidou.
Acreditou dominar o templo,
Mas isto com os fies ele não
Combinou.
O Tolo devaneou.
Homem de discurso
Convincente, convenceu a
Gente ser homem decente
Quando lhes falou.
A sua fala aguçou a ambição
Dos ricos e enfeitou os sonhos
Dos desfavorecidos.
Convenceu aos crentes e aos
Descrentes que o escutou.
O que o Tolo falou o povo
Acreditou e, no que os
Viventes acreditavam o Tolo
Falava.
O Tolo falou para o mundo
E o mundo o ouviu.
O mundo fingiu acreditar no
Tolo e o Tolo, incauto, no
Mundo creditou, não
Atentou ser tudo mentira.
Era mentira o que o Tolo
Falava e era mentira que, no
Tolo, o mundo acreditava.
O Tolo não atentou para o
Fato de os fies ricos fingirem
Melhor que os pobres e que
Esses, por sua vez, imitavam
Os ricos.
O Tolo ambicioso não
Cuidou e sua congregação
Desmoronou, a gente rica o
Abandonou e os pobres
Fingem lamentar o seu
Abandono.
O Tolo, homem crente e
Humilde, operário
Despretensioso, ministro
Se tornou.
Embriagado pelos
Encantos do poder
Despiu-se de sua
Humildade e ganancioso
Se tornou.
O Tolo quis ser o dono
Do mundo mas o mundo
O rejeitou.
Habacuc, maio de 2016.
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