Fora! Fora! Fora!
Sirenes passam velozes
como que fugindo de alguém,
passos apressados,
curiosos em alvoroço,
barulho, muito barulho,
falatório.
Viventes vociferam,
viandantes assustado,
o medo instalado,
lágrimas.
Na multidão vozes gritam:
- É lá, está lá!
Apontam.
O deboche, sinistro,
zomba das coisas sérias.
O sério, envergonhado,
se esconde.
Protestos.
O vociferador de ontem
não vocifera agora,
os sorrisos de outrora
agora vociferam.
Acabou!
Alguém grita.
Cá comigo penso: "Ledo engano,
agora é que vai começar."
Os iludidos se iludem,
os tolos digladiam-se entre si.
Desapercebidamente
deixo o tumultuo da multidão e
me recolho ao refúgio
da prudência.
Aliás, que prudência,
que magnifico remédio!
A prudência cura até a loucura
que os loucos demagogos,
insistem em violentar.
O Observador - Chuy, maio de 2016.
@

Nenhum comentário:
Postar um comentário