Que tu
criatura sem fé não me ouças,
Mas
azar o é teu.
Experimentar
o terror do medo
Sem
ter a quem gritar,
Engolir
os sustos a seco,
Sem
ter em quem se apegar,
E não
gozar da alternativa de
Poder
clamar, é desventura,
É
desventura.
Que tu
pessoa sem fé,
Em tua
descrença não convalesça nos braços
Da
depressão.
Que o
frio do desagasalho espiritual não
Vista
o teu coração.
Que a
materialidade das coisas nunca lhe
Pregue
um sermão.
Que a
verdade irada não lhe atire ao chão.
Que tu
gente sem fé não me leia,
Que
não ouça as orações que oro por teu espírito,
Pois
as oro por teu espírito e não para o teu espírito.
Que a
minha fé não lhe agrida,
Por
não ser esta a minha intenção,
Oro
por ti, como oro para nossos irmãos,
Coisas
do meu coração.
Que tu
gente sem fé,
Não
sinta medo, que as enfermidades jamais
Lhe
encontre, que os amigos não lhe faltem,
Pois
creio ser desesperador a solidão,
Penso
ser horrível o inverno espiritual,
E
enlouquecedor a falta de um ser supremo,
A
falta de um porto confiável,
Nos momentos das grandes tempestades.
Que tu
pessoa sem fé não me leia!
Que
nunca saiba das orações que oro por tua alma,
Que
rogo a Deus piedade para o teu espírito.
Pois
é certo que, inda que tarde, haverá de chegar
O
momento em que tu se encontrarás
Frente
a frente com Deus.
Oro
para que esse dia seja um dia de
Arrependimento
Que
seja o dia de pedido de perdão,
Que não
seja de contestação.
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