quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Em outros braços

 


Deitas em outros braços em busca de prazeres,
Prazer que te recusas a encontrar em meus braços.
Refutas o amor que tens em troca de amores 
Que nunca, de fato, te amarão.  
Prazer! Prazer! Somente prazer, nenhum sentimento
Nenhuma emoção.
 
Institivamente o coração sente o que a distância
Tenta lhe esconder.
Os teus devaneios te induzem a buscar prazer onde
Tão somente prazer encontrarás.
A braços que mentem para ti, no anseio de desfrutar do
Teu corpo, deitas em busca do diferente e quando tudo
Termina frustrada percebes que fui tudo igual.
 
Sei que não é amor, nem tão pouco paixão, é carne,
Luxúria, cio, fogo da carne, coisa de tesão.
O pecado em seu sacasmo despreza o amor, e induz
Às experiências fantasiosas, às ilusão.
Ainda que estando distante o coração percebe o,
O que a distância tenta lhe esconder. 
 
A outro entregas o que jurastes dar somente a teu
Amado.
Dói! Dói, mas não mata, ainda que com um nó na 
Garganta a vida que segue o seu curso.
Ao escorrerem as lágrimas levam consigo os 
Os amores assasinado para longe, bem distante de ti.
Dor a ser vivida, coisa para ser esquecida, deixada
Para tras na busca de um novo viver.
 

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