sábado, 13 de julho de 2024

O meu direito de errar

 

Abusei!

Abusei tanto do meu direito de errar

que, em determinado momento, 

revoltados, os meus erros bateram

em minha porta, vieram me cobrar.


Os meus erros bateram em minha 

porta.

Eles vieram morar comigo e moram,

moram até agora, em minha velhice.

Meu Deus, como errei!


Errei quando fingir crer num amor 

que eu não acreditava.

Errei ao oferecer um sentimento 

que não tinha para entregar.

Errei, estupidamente errei! 


Errei também quando jurei amar 

sem ter amor para entregar.

Errei quando acreditei estar sendo 

amado me sabendo enganado.

Eu errei, como errei!


Abusei do meu direito de errar, 

quando vi tempestades em céu em

que o sol brilhava para mim.

Errei ao menosprezar um amor que 

faria qualquer coisa para estar 

comigo.


Abusei!

Abusei tanto do meu direito de 

errar que, hoje, remoendo os meu

erros, sou atormentado pela dor

da saudade do que perdi ao errar

tanto. 


                O Mensageiro - Chuy, julho de 2024.


                        @ 


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