Abusei!
Abusei tanto do meu direito de errar
que, em determinado momento,
revoltados, os meus erros bateram
em minha porta, vieram me cobrar.
Os meus erros bateram em minha
porta.
Eles vieram morar comigo e moram,
moram até agora, em minha velhice.
Meu Deus, como errei!
Errei quando fingir crer num amor
que eu não acreditava.
Errei ao oferecer um sentimento
que não tinha para entregar.
Errei, estupidamente errei!
Errei também quando jurei amar
sem ter amor para entregar.
Errei quando acreditei estar sendo
amado me sabendo enganado.
Eu errei, como errei!
Abusei do meu direito de errar,
quando vi tempestades em céu em
que o sol brilhava para mim.
Errei ao menosprezar um amor que
faria qualquer coisa para estar
comigo.
Abusei!
Abusei tanto do meu direito de
errar que, hoje, remoendo os meu
erros, sou atormentado pela dor
da saudade do que perdi ao errar
tanto.
O Mensageiro - Chuy, julho de 2024.
@
Nenhum comentário:
Postar um comentário