sábado, 27 de julho de 2024

O trovão

 


O céu retumba.

Ouve-se, então, o trovão!

O vento, assustado, suspira uma prece.

Um relâmpago, corta as nuvens e, sangrando, as

nuvens chovem. 

As chuvas desabam sobre a terra e, em colunas,

seguem como se fora procissão.


Abraçado pela noite, o  céu escurece.

No escuro do céu, a noite revela toda a sua beleza

e, diante de tamanha beleza, a brisa ajoelha-se em

gratidão. 

Deus então se alegra e promete, outras tantas 

noites estreladas, virão!

O orvalho diz uma oração.

 

O trovão retumba no céu!

As estrelas se juntam em torno da lua e se dão as 

mãos. 

O vento, como os outros eventos, murmura uma 

prece,  e eu, coloco os meus joelhos no chão.

Um relâmpago surge por trás das as nuvens, e 

sacode o meu coração.


A chuva cai, ela chuva cai em meu corpo e, em 

colunas, serpenteia em meu caminhos como se 

fossemos uma procissão. 

Do meu tempo de vida, aprendi a não duvidar dos 

trovões.

Tantos relâmpagos já iluminaram a minha estrada, 

daí eu jamais ter caminhado na escuridão 


As dificuldades me ensinaram as orações!

As orações me deram a antever as tempestades.

Se em dificuldades, aguardo os relâmpagos, eles 

me livram da escuridão.

A chuva molha o meu corpo e,  seguem em

em oração, entoando o seu cântico uníssono como

se fora uma oração. 


           O Mensageiro - Chuy, julho de 2024


                             @ 


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