Eu era um negro,
Apenas mais um negrinho.
Menino magricela, suado, moleque vadio,
Correndo, pés no chão.
Eu era um negro,
Só mais um negrinho.
Era menino esquisito, sisudo que enquanto
Sorria da vida, vivia as suas ilusões.
Era um negro,
Só mais um negrinho, menino calado,
Entregue à sorte, coisas da vida,
Vida que não lhe fora dada para viver.
Eu era um negro,
Só mais um negrinho adotado pela vida.
Vida que, até então, lhe fora madrasta,
Que dele sempre judiou.
O mensageiro, Chuy, maio de 2014
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