Misturado ao tempo que o bebeu,
Perdeu-se.
Deu-se, aconteceu com o dia, com a
Noite e com a madrugada, aconteceu.
Perdeu-se como as histórias se
Perdem ao vento.
Acreditou ser muito e descobriu-se
Sendo quase nada.
Tão nada que não foi considerado,
Ficou relegado a um grito e calou.
Era um pouco tão pouco, que
Como amor não sobreviveu, deixou
Tudo, morreu.
Tomado pelas lágrimas choradas
Na madrugada, perdeu-se.
Perdeu-se em uma estória que o
Tempo, prematuramente, apagou,
Desmentiu, não permitiu que fosse
Nem um conto.
Perdeu-se!
Perdeu-se como tudo que se permite
Iludir.
Perdeu-se como quem sai sem saber
Aonde ir, como um sorriso que não se
Permite sorrir, perdeu-se.
Perdeu-se.
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