quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mostre o teu sorriso



Não te esconda atrás de um silêncio que insiste em calar a
Tua voz!
Sorria!
Sorria alto para espantar o medo que te faz sentir medo de 
te apaixonar.
Te apaixones!
Te apaixones por mim, me entregue o teu coração e eu o 
tirarei para dançar.
O teu coração e eu, dançaremos juntos a valsa dos 
apaixonados.
Viveremos o sonho e as ilusões dos embriagados de amor.

Não esconda o teu lindo sorriso atrás de lágrimas que te 
fazem infeliz!
Não aceite como "normal" a tristeza que torna o teu dia
gélido, e nebuloso.
Cante!
Cante uma canção que te faça sentir amada, que te faça 
sentir capaz de amar. 
Acredite que o amor faz o sol brilhar para ti, em teu dia. 
Não esconda a beleza do teu sorriso atrás da máscara da
tristeza!
Sorria!
Fale de amor, ame!

Não permitas que a garoa fria que cai sobre o teu telhado
no meio da noite, encha o teu coração de tédio, e se
transforme num longo inverno para a tua alma.
Não aceite a tristeza como sendo algo normal em tua 
vida, sai!
Saia, vá em busca da felicidade!
Ponha mais cor em tua vida.
Colore o teu dia a dia com a cor do amor, te apaixone!
Te apaixones por mim, entregue o teu coração ao meu 
coração, e eu o tirarei para dançar juntos a valsa dos
apaixonados.

          Mauro Lucio - Brasília, maio de 2012.

                                  #




quarta-feira, 30 de maio de 2012

Aceite o meu sorriso



Dá-me um sorriso, enquanto o teu sorriso,
tem vontade de sorrir!
Cante-me uma canção, enquanto o teu 
coração, está ansioso por cantar. 
Cante enquanto o vento que canta lá fora
tem vontade de te acompanhar 
Me dê!
Me entregue o teu coração, me permita
viver esta paixão.

Aceite o meu sorriso, enquanto o meu 
sorriso, sorri para ti. 
Ponha a tua cabeça sobre o meu peito,
ouça o meu coração que, com suas 
batidas rítmicas, canta para ti o tema da
minha paixão.

Vem! 
Fique ao meu lado.
Não me deixe sozinho para que os meus
olhos não se atreva a olhar para outro 
alguém.
Para que eu não me sinta abandonado 
por ti.

Fale comigo! 
Diga-me as palavras que desejo ouvir de
ti.
Vamos!
Expresse o que te fala o teu  coração.
Vá! 
Seja rápida, não espere pelo amanhã,
porque o amanhã pode me trazer uma 
outra pessoa. 

Vamos! 
Tome a minha mão e me acolha em teus 
braços. 
Me leve para os teus sonhos e me sonhe,
sonhe eu sendo o teu homem. 
Sonhe eu sendo a pessoa com a qual 
sonhas viver o resto da tua vida. 

Hei!
Espante a incerteza que amedronta a tua
certeza e me queira. 
Coragem! 
Diga que me amas e que sonhas ser
amada por mim. 
Vivamos assim, um amor sem fim.

             O Mensageiro - Brasília, maio de 2012.

                          *

O mar



Até quando durará a sede do mar,  que devora sem embebedar-se,
Toda a água que os rios derramam em sua garganta sem sacia-lo?
Onde será que o mar esconde a água que bebe, quando sua maré
Baixa? 
Onde? 
Quando e como as águas dos rios comem sal para se fazerem
Salgadas, e tornarem-se intragáveis, mesmo para os paladares
Mais ásperos? 
Por que as águas dos rios, que quase sempre são meigas, doces e 
Suaves, enchem-se de fúria ao serem tragadas pelo mar? 
Por quê?
Me diga por que nem toda a água que a chuva derrama no ventre 
Do mar é capaz de adocicar suas águas.

Até quando?
Até quando o mar vai continuar se atirando,  se jogando 
Furiosamente, sobre a terra? 
Até quando o mar permanecerá açoitando as rochas que assistem,
Passivamente, a sua fúria gratuita, até quando? 
Não entendo porque que, quando me aproximo do mar este,
Enfurecido, atira-se violentamente sobre a praia ansioso por 
Engolir-me, ansioso por levar-me para o esquecimento que mora 
Nas profundezas de suas águas. 
Por que?
Por que nada e nem ninguém é capaz de amainar a fúria do mar
Que permanece furioso até quando toda a natureza dorme?

Por que as águas dos rios não se revoltam ao perceberem estarem
Sendo arrastadas para as profundezas do mar? 
Por que será que os rios aceitam tão pacificamente a suas morte? 
Não entendo a passividade dos rios diante de um fim tão trágico. 
O mar urra, ele se faz ouvir até nos topos dos montes, onde a sua 
Fúria espanta todas as criaturas ali viventes, mas ela não consegue 
Espantar a passividade das águas dos rios que seguem seu curso 
Rumo a sua morte, indiferente ao seu terrível destino. 
Por que será que a água doce  e fria da chuva não consegue 
Adocicar e nem acalmar a fúria do mar? 
Por quê será?

                          O Observador - Brasília, maio de 2012.

                                           *


Quanto eu queria


A!
Como quero o que quero quando vago perdido em meus
Pensamentos.
Quanto sofro ouvindo dos outros os seus lamentos e
Lamento.
Lamento o tempo que perco me preocupando com 
Coisas que não têm nada a ver comigo.
Lamento o tempo que desperdiço buscando verdades 
Que, além de não serem verdades, com o passar do 
Tempo mentem para mim.

Como eu quis o que quis sem entender que o que eu 
Queria não estava destinado a mim.
Como eu quis viver a vida que nunca tive sem 
Perceber que a vida que eu queria não havia sido 
Destinada a mim.
Como quis!
Como quis que o vento que sopra no fim da noite,
Soprasse chamando o meu nome, só o meu nome.
Como quis que o vento esquecesse o teu nome e que
Só soprasse para mim.

Ah!
Quanto eu quis que quando o sol brilhasse não 
Mostrasse os meus pecados.
Quanto quis que quando os anjos cantassem, não 
Cantassem o que há de perverso em mim.
Quanto sonhei ser banhado pela chuva sem que 
Essa me molhasse e, quanto desejei que o frio da 
Despedida nunca ficasse em mim, eu quis.
Quanto eu quis que os meus dias de alegria 
Nunca chegassem ao fim.

Ah!
Quanto quero ver o hoje se tornando no ontem, e o
Amanhã chegar para ficar comigo.
Quanto quero não me encontrar vagando sozinho,
Quando vagar perdido em meus pensamentos.
Como gostaria de não sofrer ao ouvir os lamentos
Dos outros, e sem desgosto, esboçar o sorriso que
Emanará a luz que destruirá a os sofrimentos.

Ah! Como eu queria que a chuva do amor brotasse
De mim, eu queria, eu quero muito!
...

O Observador-Brasília, maio de 2012


                        *


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Apocalipse


O sol vermelho como fogo esconde-se atrás de nuvens escuras,
E estas ganham a coloração da tristezas.
Assustadas, as pessoas olham para o céu consumidas em suas 
Confusões.
O céu faz chover.
O céu expurga todas as sandices que os viventes, esquecidos 
Dos bons princípios, praticam.
As necessidades desnecessárias consomem o espírito da 
Humanidade e esta, alucinada em sua ganância, busca 
Congregações criadas como com o único objetivo de ganhar
Os bolsos dos incautos, em suas buscas cega pela 
Materialidade.

Num estrondo o céu angustiado grita tentando fazer a sua 
Decepção ser percebida.
O céu não consegue se fazer ouvir pela humanidade moca 
Que se recusa a lhe dar atenção.
O Criador então permite que o seu rebanho, perdido, 
Caminhe rumo ao abismo.
A paz que há muito perdeu a sua paz diante da insensatez 
Reinante, e chora.
A paz chora e,  em um último suspiro, clama por paz.
A humanidade já não consegue ver, não escuta e só fala.
Os viventes estão perdidos em sua ambição.
A humanidade luta desesperadamente por suas conquistas 
Materiais, conquistas que ela diz ter sido o Criador que
Lhes prometeu, porem o Cridor em meio a tempestades 
Diz: - Não! 
- Eu não!
Os humanos entregam suas almas ao primeiro que lhes diz o 
Que gostam de ouvir.
Na televisão, homens de palavras convincentes curam 
Corpos, e adoecem espíritos.
Usam falsas curas para arrebanhar as ovelhas perdidas e o
Céu se ira, o céu chora e grita em trovões ensurdecedores 
Diante de tantas Insanidades.

O amor, angustiado com tanta atrocidade que vê debaixo do
Sol, abandona a humanidade e assiste,  impotente, pais 
Violentando filhas, mães dormindo com os filhos, irmãos 
Cortejando irmãs e o adultério passeando entre as famílias 
Como se fosse o convidado de honra.
Não!
Não há inocentes nessas relações, todos são parte de uma 
Revolução da qual o respeito, a honestidade e todos os 
Sentimentos nobres foram expulsos.
Há muito o céu não vê os fies buscando o Criador.
O nosso Criador tornou-se um esquecimento, e o rei do 
Apocalipse é o dinheiro, é a vulgaridade, e então o céu 
Escurece, o céu grita, grita e deixa chover toda as suas 
Angustias.
Então o apocalipse se dá, toma o seu lugar.

                     O Observador - Brasília, maio de 2012.

                                     *

As tuas mentiras



As tuas mentiras são punhais!
As tuas mentiras são punhais que cravas em meu
peito e o traspassa alcançando o meu espírito. 
As tuas mentiras são sombras, são fantasmas que
me acordam no meio da noite para me assustar.
As tuas mentiras ferem, elas ferem as feridas que
o tempo abriu em mim, elas ferem o que sou.

As tuas mentiras violentam a minha auto estima, 
elas violentam o que guardei para viver amanhã.
As tuas mentiras ferem de morte a minha alegria,
estrangulam o meu abstrato até que este, em
pânico grita de horror. 
As tuas mentiras desnudam as minhas verdades
e as desacredita diante de todo mundo.
As tuas mentiras tiram as minhas verdades do 
sério para que estas, desprovidas de seu 
equilíbrio, pareçam violentas, pareçam falsas.

As tuas mentiras são as tempestades que 
antecedem os pesadelos que vivo no meu dia a 
dia.
As tuas mentiras são o veneno que matou o amor 
daqueles que me amavam, são a barreira que 
separa de mim as pessoas que amo.
As tuas mentiras são o chicote que me chicoteia, 
são os pesadelos que me entregam à insônia 
inclemente. 
As tuas mentiras são os castigos os quais, por
todas as razões, me recuso a aceitar, mas que 
insistem torturar-me dia e noite. 
As tuas mentiras são o pior, do pior que há.

As tuas mentiras são como chuva de fogo, elas
queimam ao tocar-me. 
As tuas mentiras são piores que a agonia de me
sentir perdido quando mais preciso me 
encontrar. 
As tuas mentiras são como a dor meio da noite,
elas torturam mais que a sede do náufrago em
alto mar, elas ferem, ferem fundo. 
As tuas mentiras não deveriam existir, mas  
existindo deveriam ser muda.
As tuas mentiras gritam com o intuito único de
me agredir. 

As tuas mentiras teriam perdão se não tivessem 
assassinado o perdão, mas elas o assassinaram.
As tuas mentiras, matam. 
As tuas mentiras me mataram e me enterram 
quando eu ainda vivia.
As tuas mentiras fizeram com que as pessoas que
amo, acreditem em minha morte e, em 
acreditando em minha morte, essas pessoas
inconscientemente, também, me enterraram 
enquanto vivo.  
As tuas mentiras fazem todos acreditarem que
morri. 

                   Mauro Lucio - Brasília, maio de 2012.


                               *



terça-feira, 22 de maio de 2012

Me ouves



Sei lá! 
Não sei porque te falo dos meus problemas quando
Nem sei se queres me ouvir! 
Sem perceber te falo de coisas que nem sei se te interessam, 
Apenas as conto para ti.
As vezes percebo o teu sorriso sem graça, me pedindo para
Calar-me, mas finjo não percebe-lo e continuo falando.
Falo, busco um novo assunto, ainda que este só interesse a
Mim, e continuo falando.

Sei lá! 
Penso que te falo da minha vida por não saber falar de 
Outras coisas. 
Normalmente não vejo nada interessante acontecendo a 
Minha volta e por isto só te falo de mim, só falo da minha 
Vida. 
Fora da minha rotina, as coisas interessantes que acontecem, 
Acontecem tão distante de mim que nem penso em 
Comentá-las. 
Te ouvir falar da tua vida?
Para quê? 
Já tenho tantos problemas que nem penso em ouvir-te falar 
Das tuas agonias.

Sei lá! 
Te falo da minha vida porque, apesar de saber que não
Gostas de ouvir sobre esta, me ouves. 
Te conto as minhas aflições porque, apesar de eu perceber o
Teu sorriso sem graça me pedindo para calar-me, não calo, 
O teu sorriso é mudo, ele é tímido e não me manda calar-me 
E então sigo falando.

Sei lá! 
De certa forma gosto de conversar contigo e, ainda que
Eu não gostasse de estar ao teu lado, teria que ficar contigo,  
Pois não conheço ninguém, além de ti, que aceita ouvir-me.
É! 
De repente percebo que gosto de conversar contigo, percebo
Que gosto do teu jeito gentil de me ouvir, mesmo quando 
Já está cansando, mesmo quando já não suporta mais a 
Minha ladainha. 
Espera aí!
Por que nunca me mandas calar-me? 
Viu! 
Gosto de ti por que me ouves.

                                                                                                  Mauro Lucio

                             *



domingo, 20 de maio de 2012

Cai uma gota



Cai uma gota!
Cai do céu uma gota de lágrima e a minha boca
Seca. 
Seca, a minha boca amarga como fel e os meus
Dentes rangem, travam, a minha língua vira pó.

Cai uma gota de lágrima do céu e o meu 
Coração dispara, o ar lhe falta, e o meu peito o 
Comprime, não tem jeito, choro.

Cai uma gota de lágrima sobre o meu eu, molha
Os meus sentimentos e estes amargam.
Eles amargam que só fel e então entristeço e 
Me vejo enveredado no cinza no qual me perco.

Cai uma gota do céu e entristece o meu coração.
Sufocado em meu peito ele pensa em deixar-se
Morrer mas percebe que a morte não é a 
Resposta e deixa-se perder.

Cai uma gota de lágrima do céu e, 
Violentamente, desce por minha garganta e me 
Afoga, sufoca o amor que morre em mim para
Não me deixar morrer, mas sem amor, morro.

Cai uma gota do céu, cai eu, cai a tristeza que
Desaba sobre mim, que agarra-se em minha 
Vida.
Caí uma gota de lágrima do céu, cai eu, cai, cai
Uma gota.


             O Mensageiro - Brasília, maio de 2012.


                            *








Nova canção



Um passo para lá, uma volta, um sorriso.
Uma dança, estar nos braços do amor.
Uma promessa de amor, um abraço a
Paixão.

Um coração transbordando alegria, a 
Alegria, uma razão desnecessária de
Explicar o amor.
O amor,  luz, sonhos, fantasias motivo
Maior para viver.

Um beijo apaixonado.
A música tocando para o meu coração,
Uma nova emoção. 
Coração saltitando dentro do peito, 
Bailando uma linda melodia.

Um passo para cá, um leve tocar de
Mãos e te peço para vir comigo.
Num suave girar, te entrego o meu
Coração. 
Bailo, bailamos juntos a nossa canção.

    Mauro Lucio - Brasília, maio de 2012.

                   *


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Se tu



Se tu.
Se me perguntares ...
Se eu responder que sim me abraçarás, apertarás
o meu peito até o meu sufocar. 
Mas, se respondo que não, chorarás e fará 
chorar, junto contigo, o meu coração.
Que responder então ao me perguntares sobre a 
minha paixão por ti?

Se te respondo que "sim", tomas o meu “sim”
por fraqueza, e será a minha submissão aos teus 
caprichos e o meu “não”, certamente, deixará de 
significar “não” para ti.
Sem alternativa, me deparo com o "não" e, então,
assisto a tristeza apagar o brilho dos teus olhos, e
o teu sorriso emudecer e a tua mudez entristece 
o meu coração.

Bom seria se o nosso amor fosse mais simples,
se eu não me sentisse forçado a dizer “não”,
para não inflar o teu ego. 
Não é certo usar as tuas lágrimas como meio de
domínio, não é justo abusar do meu medo de te 
perder!
Seria perfeito se em nossa união o amor fosse o 
nosso farol, o nosso guia!

     Mauro Lucio - Brasília, maio de 2012.

                 *



Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...