
As tuas mentiras são punhais!
As tuas mentiras são punhais que cravas em meu
peito e o traspassa alcançando o meu espírito.
As tuas mentiras são sombras, são fantasmas que
me acordam no meio da noite para me assustar.
As tuas mentiras ferem, elas ferem as feridas que
o tempo abriu em mim, elas ferem o que sou.
As tuas mentiras violentam a minha auto estima,
elas violentam o que guardei para viver amanhã.
As tuas mentiras ferem de morte a minha alegria,
estrangulam o meu abstrato até que este, em
pânico grita de horror.
As tuas mentiras desnudam as minhas verdades
e as desacredita diante de todo mundo.
As tuas mentiras tiram as minhas verdades do
sério para que estas, desprovidas de seu
equilíbrio, pareçam violentas, pareçam falsas.
As tuas mentiras são as tempestades que
antecedem os pesadelos que vivo no meu dia a
dia.
As tuas mentiras são o veneno que matou o amor
daqueles que me amavam, são a barreira que
separa de mim as pessoas que amo.
As tuas mentiras são o chicote que me chicoteia,
são os pesadelos que me entregam à insônia
inclemente.
As tuas mentiras são os castigos os quais, por
todas as razões, me recuso a aceitar, mas que
insistem torturar-me dia e noite.
As tuas mentiras são o pior, do pior que há.
As tuas mentiras são como chuva de fogo, elas
queimam ao tocar-me.
As tuas mentiras são piores que a agonia de me
sentir perdido quando mais preciso me
encontrar.
As tuas mentiras são como a dor meio da noite,
elas torturam mais que a sede do náufrago em
alto mar, elas ferem, ferem fundo.
As tuas mentiras não deveriam existir, mas
existindo deveriam ser muda.
As tuas mentiras gritam com o intuito único de
me agredir.
As tuas mentiras teriam perdão se não tivessem
assassinado o perdão, mas elas o assassinaram.
As tuas mentiras, matam.
As tuas mentiras me mataram e me enterram
quando eu ainda vivia.
As tuas mentiras fizeram com que as pessoas que
amo, acreditem em minha morte e, em
acreditando em minha morte, essas pessoas
inconscientemente, também, me enterraram
enquanto vivo.
As tuas mentiras fazem todos acreditarem que
morri.
Mauro
Lucio - Brasília, maio de 2012.
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