Que desatino!
O meu destino, desvairado, zombando da minha sorte.
Que desalento, sentir lágrimas frias e escorregadias
despencarem da minha face dizendo não suportarem
mais viver comigo.
Desatino!
Revolta!
Voltar para braços que nunca quiseram me abraçar,
mas que,
ainda assim, me abraçam, por acreditarem
ser seus destino me abraçarem.
Que descaminho!
Eventos me garantiram que eu não choraria, que eu
não sofreria as decepções que sofro agora.
Sofro como alguém que nunca
viveu, neste mundo
louco, sofro como os tolos sofrem buscando o seus
lugar ao sol.
Que destino!
Absurdo!
Destinos desatinados me desenganam da perspectiva
de que viverei dias melhores.
Em minhas andanças, encontro todos a sorte de
destinos, inclusive os desanimadores, ávidos por
me
abraçar.
Que sina! Permitir ser governado por um
desconhecido e ainda ter de chama-lo de meu.
Que desatino!
São tantas as armadilhas escondidas em um destino,
que escolher um para ser o meu, me parece mais
assustador do que ter de tomar um cálice oferecido
por um desconhecido.
O Mensageiro - Chuy, setembro de 2012.
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