Me
dê!
Não, melhor que não!
Não me dê não!
Deixe para lá, não faço questão!
Não me dê não!
Deixe para lá, não faço questão!
Me
pense!
Me pense e depois me despense e, corra
para
casa, e chore.
Que chores, agora, as lágrimas que
guardas para chorar em outra ocasião.
Me dê!
Me dê!
Não, melhor que não!
Não me dê porque
se me deres, posso
te esquecer e, certamente, magoarei
o
teu coração.
Me
dê!
Não!
Não me dê o teu sorriso, antes
de ele
sorrir o sorriso que os outros sorrisos,
anseiam que ele sorria.
Me
dê o teu coração!
Tomes a minha mão e caminhemos em
Tomes a minha mão e caminhemos em
silêncio.
Não!
Não fales!
Dê ao vento soprar, em meus ouvidos,
Dê ao vento soprar, em meus ouvidos,
os segredos que tens
para me contar.
Não falemos de amor agora!
A hora certa de falarmos irá chegar.
Me
dê!
Entrega-me o teu coração, caminhemos
Entrega-me o teu coração, caminhemos
o que nos é dado a caminhar.
Somos dois destinos caminhando uma
só estrada.
Que desnudemos os mistérios
Que desnudemos os mistérios
escondidos em no horizonte.
Vivamos a nossa história enquanto
escrevemos as nossas estórias.
Então, me dê!
Não, melhor que não!
Só deixa acontecer.
Lido da Silva - Brasília, setembro de 2012.
*
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