A minha carne, mordida pela minha
Carne, dói.
Ela dói e assusta a minha fé que
Até então pensei ser forte.
Ela dói e assusta a minha fé que
Até então pensei ser forte.
A dor dói em mim sem piedade,
Sem misericórdia.
O medo abraça o meu corpo e a prece
Que sai da minha garganta fraqueja,
O medo abraça o meu corpo e a prece
Que sai da minha garganta fraqueja,
Ela parece querer abandonar o seu curso,
E o desespero me abraça.
E o desespero me abraça.
A minha carne morde a minha carne até os
Seus dentes atingirem os meus ossos
Agora quase expostos.
Seus dentes atingirem os meus ossos
Agora quase expostos.
Oro!
Oro e me apego a minha fé, seguro-a no
Intento de evitar que me abandone.
Oro e me apego a minha fé, seguro-a no
Intento de evitar que me abandone.
As noites são longas e os dias são
Enfadonhos e sofridos.
Enfadonhos e sofridos.
A minha carne dói!
Ela dói e um gemido agonizante escapa
Por entre os meus lábios e corre.
Ele foge!
Ele foge e vai para bem longe de onde estou
E então ficamos a sós, eu, a dor e a minha fé.
A minha carne doi!
Ela doi e a minha fé desalentada me olha.
Ela olha para a porta, olha para mim e
Somente por piedade se deixa ficar comigo.
Por entre os meus lábios e corre.
Ele foge!
Ele foge e vai para bem longe de onde estou
E então ficamos a sós, eu, a dor e a minha fé.
A minha carne doi!
Ela doi e a minha fé desalentada me olha.
Ela olha para a porta, olha para mim e
Somente por piedade se deixa ficar comigo.
Efraquecido de corpo e de fé me pergunto se
Vale a pena esperar por um novo amanhecer.
Vale a pena esperar por um novo amanhecer.
A minha carne morde a minha carne e uma
Dor atroz me tortura.
Me dói tudo, me dói até o ato de pensar mas
Penso: Tudo e todos se foram, estou só,
Dor atroz me tortura.
Me dói tudo, me dói até o ato de pensar mas
Penso: Tudo e todos se foram, estou só,
Somente a minha combalida fé permanece
Comigo e para não vê-la morrer me
Convenço a aceitar a viver mais um dia,
Um outro dia.
Comigo e para não vê-la morrer me
Convenço a aceitar a viver mais um dia,
Um outro dia.
*
December 18, 2012
*
My flesh
My flesh bite by my flesh and it hurts.
My flesh bite by my flesh and it hurts.
My flesh hurts and scares my faith
Which till now, I thought to be strong
But by facing such pain it falters.
The pain, mercilessly, hurts me,
The pain, mercilessly, hurts me,
Merciless the pain´s fear embraces
My body and the pray
that comes out
Of my throat seems to abandon me,
It seems to want to abandon its path
Forcing the despair to
embraces me.
My flesh bites me till its teeth reach
My flesh bites me till its teeth reach
My bones which, soon, will expose
Itself under my skin. I pray! I pray and
I cling to my faith and hold it in an
Attempt to prevent it to leave me.
Nights are too long and the days too
Suffered. Tears are sad and despair
Ghastly.
My flesh hurts. An agonized
groan
Escapes from my throat and runs
Away, it goes well far
from where I
Am and we stay alone, me and my
Faith. My faith, dismayed,
looks at me,
It looks to the bedroom´s door and,
Only by pity, remain with me.
Indecisive, weak in body
and in faith I
Wonder if it's worth to wait for a new
Dawn. My flesh bites my
flesh and the
Pain torture me, it
hurts all over my
Body, it hurts even the act of to think.
All has gone, only my weak
faith
Remains in me and trying do not lose
My faith I live my life day by day.
December 18, 2012
*
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