tanto
descaso, eu jamais protestaria contra a
sua presença
em meu dia a dia.
Não!
Eu não me angustiaria
ao ouvir, no meio da
noite, os gemidos
da saudade suplicando-me
para gritar o
teu nome.
Se em sua
frigidez o silêncio não maltratasse
tanto o meu
coração, eu sufocaria cada grito
que escapa
do meu peito, e evitaria estes de
acordarem os gritos adormecidos na garganta
da noite.
acordarem os gritos adormecidos na garganta
da noite.
Se a
tristeza do silêncio não findasse
em meu coração, eu não protestaria
tanto
contra o que penso ser a
solidão.
Se o silêncio não adormecesse em meus
lábios, se o calar não fizesse seca à minha
boca, eu não protestaria, eu jamais me
oporia à escuridão da noite onde mora o
silêncio.
Se as noites
silenciosas não fossem tão
longas e frias, se
o inverno sem a tua
presença não fosse tão parecido
com tudo
que o silêncio é, e
se os meus lábios não
insistissem
em chamar o teu nome eu não
protestaria
contra a vida, que me encosta
na parede sempre
que penso em chorar as
minhas
tristezas.
Se o
silêncio não fosse o meu único
conforto, quando
a angústia toma o meu
coração, eu
não teria tanto medo dos
gritos que gritam
em meio ao meu silêncio
e gritaria com eles.
Se em sua
ira o silêncio não gritasse
comigo, se ele me
deixasse em paz eu
jamais pronunciaria
o teu nome.
Lido da Silva - Brasilia, setembro de 2012.
*
irá na 3º última linha não leva acento... íra!
ResponderExcluirMuito obrigado por tua valiosa contribuição.Como eu mesmo faço as revisões dos meus textos, por mais cuidado que eu tenha, sempre me escapa alguns erros. Mauro
ResponderExcluir