sábado, 28 de dezembro de 2013

A porta - The door


Toc, toc!
Toc, toc, toc!
Batem à porta
e esta se guarda muda.
Cala!
O silêncio se faz ouvir,
e, em seu cerne, um choro miúdo,
inaudível, faz doer.
Dói no espírito, esfria a alma e sangra,
derrama-se em forma de lágrimas.

Toc, toc!
Toc, toc, toc!
Irada a porta bate,
ela bate com violência, assusta,
o coração que dispara, sente medo.
É cedo para dizer adeus, mas é melhor
que o faça agora.
Vá embora antes que o coração,
ferido, comece a chorar.

Toc toc!
Toc, toc, toc!
Batem à porta!
Rangendo, arrastando-se, esta se abre.
A porta se abre mas não dá passagem
a ninguém. Seu coração está fechado,
está magoado, tem medo de amar.
Toc, toc!
Toc, toc, toc!
Batem à porta.

Toc, toc!
Toc, toc, toc!
Batem à porta!
Aborrecida, desta feita, esta não se abre.
As feridas secaram, criaram casca, foram
dormir não aceitam o amor como remédio
para as suas dores, dores estas que doem
onde nem a morte é capaz de curar.
Toc, toc, toc!

Lido da Silva - Brasília, dezembro de 2013.


                     &

The door


Knock, Knock!
Knock, Knock, Knock!
There is someone knocking at the door
And the door keeps silent.
The dor keeps still!
The silence makes itself be heard.
And in its core a inaudible cry hurts.
It hurts the spirit, cool down the soul and bleeds,
It spills out in the form of tears.

Knock, knock!
Knock, knock, knock!
Angry the door slams,
The door hits violently, and its frightens.
The heart that races, feels fear.
It's too early to say goodbye but it's better
To do it now.
Better go now before the heart hurt,
And wounded, start to cry.

Knock knock!
Knock, knock, knock!
Someone is knocking at the door!
Creaking, dragging it open.
The door opens, but do not give passage
To no one. Its heart is closed,
Its hurt, Its afraid to love.
Knock, knock!
Knock, knock, knock!
Someone is knoking at the door again.

Knock, Knock!
Knock, knock, knock!
Somebody is knocking at the door!
Annoyed, this time, the door doesn't open.
The wounds dried up, crusted over, it went to sleep.
The wounds sleep, they don't accept the
Love as medicine for its pain
That now hurt where not even death
Is capable of heal.
Knock, knock, knock!

               @


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013



Cala-te!
Não desaquiete a fé,
Não aflija o amor dos cristãos.
Cala-te! 
Admita outras verdades, que não a que
já mora em teu coração.

Cala-te!
Não desafie o poder da fé.
Não ria do fervor dos tementes.
Cala-te em tua demência que insiste 
ecrer somente no que vês.

Cala-te!
Cala-te antes que, tua falta de fé  
apague em ti a luz da sensatez.
Não ignores o que vês na Cruz.
Creia! 
Não te é negado mudar, mude! 
Aceite o amor te amar.

Cala-te!
Mira-te na fé dos cristãos.
Acredite na reversão do impossível
e na transformação dos corações.
Acredite, acredite!

Cala-te!
Cala-te e ouça uma nova canção.
Ouça o pranto do coração ansiando por
perdão.
Ouça! 
Te entregue a devoção, desperte 
para a fé, creia nas orações.  

Cala-te!
Ouça!
Crê!
Tenha fé.

      Habacuc, Brasília, dezembro de 2013

                  &

O farol


Na solidão da noite das noites, como um pastor
de ovelhas, o  farol pastoreia o mar.
Olhar que ao dissolver-se no firmamento deixa 
um lamento abraçado a pensamentos.
O abraço nos abandonados, ignorados, sozinhos
na imensidão do mar.
Assistir  o farol em seu eterno pastorear, induz
o vivente viajar em sua imaginação. 

Agasalhado pelo frio das madrugadas do Chuí,
o farol cantarola, mudo, as canções que aprende
ouvindo o vento.
Um sopro frio na face, uma carícia, um beijo
como um conforto para sua solidão.
O silêncio da madrugada o abraça, o orvalho o
perfuma e , como um bom pastor o velho farol 
solitário segue pastorando o mar, pastoreia o mar.

O farol dos extremos (Chuí-Chuy), como um 
bom pastor pastoreia o mar.
Seu olhar brilha no meio da noite ansiando por
ser descoberto pelos passantes que nunca passa
em seus momentos de solidão.  
Abraçado pela noite , agasalhado pelo silêncio 
da escuridão, o velho farol pastoreia as estrelas
que, lá do alto, lhe sorriem.  
Coisa de amante, de um guardião que vive a
solidão. 

Sou o farol!
Sou a luz perdida no horizonte, sou o solitário 
das madrugadas. 
Sou o farol!
Sou a canção que canta o cantar dos ventos, 
sou o corpo gélido agasalhado pelo frio que 
viajam pelos mares no inverno.
Sou o farol, sou o primeiro e o ultimo sinal de 
terra que os viventes vêm, sou o sorriso e a 
certeza de porto seguro para aqueles que 
vivem nos mares. 
  
Sou o farol!
Vencido pelo tempo, entreguei-me à solidão
e, quando açoitado pelas tempestades canto
canções de ninar.
Apaixonado observo o bailar das águas 
desejoso de me atirar em seus braços.
Como bom pastor pastoreio mar como um 
pastor vigilante pastoreia as suas ovelhas. 
Firme, suporto, as intempéries do tempo sem 
vacilar em meu pastorear. 
O farol, pastoreia o mar.

     O Observador - Brasília, dezembro 2013.
                                 
                   &


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O vento bate em minha janela - The wind knocs my window


Não importa se no meio da noite,
 vento lamurioso bate em minha janela.
Não me importa se vento, resmungando, declame
as poesias que escrevi para ela.
Não importa!

Não importa se o céu, triste, 
faz chover sobre o meu telhado as minhas saudades.
Não importa se o frio e a dor do amor perdido 
despe-me de qualquer vaidade.
Não importa!

Não importa se as músicas que outrora dançávamos
juntos, hoje, danço-as sozinho em minha solidão.
Não importa se, em meu abandono, 
choro ouvindo as nossas canções.
Não importa!

Não importa se o vento, com saudades de ti,  chorar
em minha janela!
Não me importa se, choroso, o vento grita o seu nome, 
Não importa se diante do meu silêncio o vento bate,
furioso em minha janela. 

O que me interessa saber do amanhã quando sei que,
no meu amanhã, não existe você?
O que me importa saber que a felicidade existe se só
consigo ser feliz estando ao seu lado.
Não me importa!

     Mauro Lucio - Brasília, Dezembro de 2013.


                  &


The wind knocs my window

Doesn't matter to me if, in the middle of the night,
the mournful wind knocks on my window.
I don't care if the wind, grumbling, recites
the poems that I wrote for to you.
It doesn't matter!

It doesn't matter if the sky, sad,
rains my longing on my roof.
It doesn't matter if the cold and pain of lost love
strips me of all vanity.
It doesn't matter!

Doesn't matter if the songs we once danced to
together, today, I dance it alone in my solitude.
Doesn't matter if, in my abandonment,
I cry listening to our songs.
Doesn't matter!

Doesn't matter if the wind, longing for you, cries
at my window!
I don't care if, tearfully, the wind cries your name,
doesn't matter if, faced with my silence, the wind
beats, furiously at my window.

What does it matter to me about tomorrow when
I know that, in my tomorrow, you don't exist?
What does it matter to me if the happiness exists
if I´m happy only with you by side?
I don't care!

                         #

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Uma linda canção


Vista esta poesia com a mais linda canção.
Cante-a! 
Boline com suas emoções.
Dispa-te da tua timidez e faça-lhe uma declaração de amor.
Cante para ela o fulgor da paixão,
Entregue o teu coração.

Vista esta poesia com o perfume da paixão.
Convide-a para contigo ir ao encontro da madrugada.
Vá!
Não espere o amanhã.
Cante-lhe uma serenata e, enquanto cobertos pela brisa que
Perfuma a relva molhada, dance com ela uma doce canção.

Dê vida a esta poesia!
Encha-a de alegria, faça-a se apaixonar ti.
Verse esta poesia como versas uma declaração de amor.
Tome-a como tua amante e ame-a.
Seja para ela o mais romântico sedutor.

Vista esta poesia com a mais linda canção.
Dê vida as suas fantasias, mexa com suas emoções.
Ensine-a a amar, cause reboliço em seu coração,
Ame-a! 
Ame-a com grande paixão.

        O Mensageiro - Brasília, dezembro 16, 2013

                        &





sábado, 14 de dezembro de 2013

Luxúria


Num descuido,
Deixo-me tomar por pensamentos que
Pensamentos sábios recomendam não pensar.
Dou de ombros, não quero escultar.

Embriagado por pensamentos que
Bebem a minha capacidade de raciocínio,
Sou atirado em braços nos quais, sóbrio,
Jamais iria me deitar.

No afã do descabimento dos pensamentos
Pervertido, embriagado pelo forte licor da luxúria
Deixo-me seduzir.  Acredito nas palavras que
Quero acreditar, desprezo a sensatez.

Passada a embriagues, desperto-me da loucura
Dos pensamentos tórpidos. Sinto-me lesado,
Enganado, abraçado por uma sentença que me
condena por sórdidos pecados, sou culpado.

Num descuido,
Deixo-me ser tentado por pensamentos
Descabidos e bebo. Bebo bebidas como os
Beijos que não beijam, os abraços que não
Abraçam e os amores que não amam.

                                 Dezembro 14, 2013

                               &

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sonhos a serem vividos



Sonhos a serem vividos,
ilusões.
Noites perdidas,
frustrações. 
As coisas são como são ainda que 
sejam somente decepções.

As mãos estendidas suplicam perdão,
mas o perdão ignora-as,
diz não!
Nem sequer um sermão,
é o caso da solidão.

Choro, prantos, 
o sorriso, alheio aos sofrimentos, esquece.
O calor do sol não aquece,
o frio já se deu.
Morreu.

O soluço rouco, abandona a garganta, e grita.
O psiu, irritado, pede silêncio.
Às lágrimas que, até a pouco, se continham,
caiem e choram o choro que não tinham 
para chorar. 
Não tem como segurar. 

Desilusão!
A desilusão é onde os sonhos frustrados moram.
É a estória na qual os amores não vividos se 
perdem.
Chora!
O choro conforta as dores que é a vida.

O medo, ao perceber o coração se entregando a
uma nova paixão, grita: - Não! 
Então, assustado, o coração recua e envelhece
sem experimentar um grande amor.
As coisas são como são.

Dias vividos, experiências, conclusões.
Abraços e brigas, amores frustrados, 
orgulhos engolidos, pedidos de desculpas e 
perdões.
Gostos e desgostos com a vida, algumas feridas
as coisas são o que são.

        O mensageiro - Brasília, dezembro de 2013

                      &




quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Que chova


Deixa chover!
Que a chuva molhe os meus pensamentos,
Que a chuva acalentes os meus tormentos,
Que a chuva reabra velhos sentimentos.
Que chova! Que chova.

Que chova!
Que na madrugada a chuva me cante as suas canções,
Que o "back vocal" do vento seja os trovões,
Que as folhas, desprogegidas, bailem ao ritmo da solidão.
Que chova! Que chova.

Que chova!
Que as goteiras em seus descompassos não me digam não.
Que eu não veja a chuva com um sentido de aflição,
Que o silêncio do meio da noite não me pregue um sermão.
Que chova! Que chova.

Que chova!
Que chova a tristeza e as saudades que afligem o meu coração.
Que chova a felicidade que perdi vivendo ilusões,
Que chova os caminhos que percorri  fugindo da desilusão.
Que chova! Que chova.

Que chova!
Que chova a felicidade que nunca experimentei,
Que chova os prantos que tantas vezes chorei,
Que chova as canções que contigo dancei,
Que chova, que chova.

Que chova!
Que chova os devaneios que, enlouquecido, devaneei,
Que chova as paixões com as quais me enganei.
Que chova os amores que me amaram e eu os desdenhei,
Que chova os sonhos que nunca os sonhei.
Que chova! Que chova.

   O Mensageiro - Brasília, Dezembro de 2013


                 &

É Natal - This is Christmas

                                                
É Natal!
É momento de reflexão,
tempo de pensarmos uma nova canção,
uma poesia que verse o amor, o perdão
e um novo jeito de viver.

É Natal!
Convidemos os familiares, os vizinhos e
amigos para, juntos, cantarmos as razões
de amar. Aclamemos o amor, amemos! 
É Natal, cantemos o amor.

É Natal!
No céu estrelado, novas promessas.
A razão para amar reluz no brilho das estrelas,
é Natal! Lembremo-nos do nosso Criador,
lembremo-nos do amor, amemos.

É Natal!
Amemos! Amemos como Cristo nos ensina
a amar. Permitamos que em nossos corações
renasça uma nova canção, o amor, o perdão.
É Natal, vida nova, nova estação.

Mais um Natal!
Motivo de festa entre amigos e irmãos.
Vida nova, oportunidade para reflexões,
a compreensão do amor em busca da paz,
a paz, a entrega, a graça do nosso Criador.

                Habacuc - Brasília, dezembro de 2013.


                        &


 This is Christmas


It's Christmas!
Moment of reflection,
Time to sing a new song,
A poetry that talk about love, which talks about forgiveness
And about of a new way of life.

It's Christmas!
Let invite ours family, ours neighbors and ours friends
For, together, to sing the reasons to love.
Let acclaim the love, let´s love! It's Christmas
Let sing the love.

It's Christmas!
The starry sky, new promises.
The reason to love shines in the glow of the stars,
It's Christmas! Let us remember our Creator,
Remember the love, and love.

It's Christmas!
Let us love! Let us love as Christ has teaches us to love.
Let allow reborn in our hearts a new song,
A new love and the forgiveness.
It's Christmas, new life, new season.

One more Christmas is coming!
It is time to celebration among friends and brothers.
A new life, an invitation to reflection,
The understanding of love in search of peace,
Peace, the deliverance, the grace of our Creator.


                                                                 December 5, 2013.


                                       &

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Os teus olhos



Mistérios! 
Somente mistérios!
Histórias que não me foram contadas, segredos
a mim negados, mistérios.
Num passeio displicente, ao acaso, o meu 
olhar depara-se com o teu olhar e se encanta.
Encanta-se, abraça-o, sente que precisa estar 
com ele, e ficar. 
Paixão!
Uma nova paixão, mais uma história de amor.

A luz misteriosa dos teus olhos reflete uma 
tristeza que suplica por um pouco de carinho
um muito da paixão.
A ternura que veste o teu olhar cativa-me, me 
tira para dançar e danço.
Danço com ela até acordar para a realidade de 
que não me foi dado ser enlaçado pela beleza 
teu olhar.

Mistérios! 
Paixão, encanto. 
Encanto que me encanta como o canto do 
amanhecer.
Beleza singela, discrição, serenidade, doçura
e meiguice, muita meiguice. 
São tantos os predicados envoltos no 
mistério do teu olhar que adjetiva-los seria o 
mesmo que contar as estrelas do céu numa 
noites de luar.

Música, ternura, doçura e, mais uma vez, 
doçura, são os teus olhos a me olhar.
A meiguice dos teus olhos me lembra às 
primeiras chuvas da primavera quando o 
cheiro da terra molhada veste o ar e tudo
fica mais bonito, mais gostoso de 
experimentar. 
Ainda que não percebas, o sorriso discreto 
dos teus olhos sempre sorri ao me olhar.
Alça voos e voa como as borboletas, voa
como as nuvens que passeiam calmamente 
no céu. 
São os teus olhos, a ilusão, a paixão, os 
meus devaneios.

Os teus olhos são, para mim, tão 
misteriosos quanto o silêncio da madrugas.
Os teus olhos são como as gotas de orvalho,
são como a brisa à beira mar, beijam com 
a suavidade do sonhar. 
Os teus olhos são uma história de amor, 
uma paixão, o primeiro beijo a grande 
ilusão. 
O teu olhar é um convite à passear, é um 
sonho que amo sonhar, é a vida que quero 
experimentar.

                 Lido da Silva - Brasília, Dezembro de 2013

                             &

Devotos da perversidade.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...