quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

O farol


Na solidão da noite, como um pastor
De ovelhas, o  farol pastoreia o mar.
Olhar que dissolve-se no firmamento e 
Então  um lamento! Pensamentos.
O abraço nos abandonados, ignorados
Sozinho no abandono do mar vê-se ,
O farol no seu eterno pastorear. 

Agasalhado pelo frio da madrugada,
O farol cantarola mudo as canções que
Aprende ouvindo o vento.   Um bafo na face,
Resulta em lamento. 
Beijado  com o beijo gelado que só a solidão
da madrugada sabe beijar, como um bom 
Pastor o velho farol solitário pastoreia 
O mar, pastoreia o mar.

O farol, como um pastor pastoreia o mar.
Seu olhar aceso sobre as águas brilha no meio
Da noite ansiando por ser descoberto por um
Passante que nunca passa em suas horas de 
Solidão.  
Então o velho farol pastoreia as estrelas que 
Do alto, escondida no escuro da noite lhe sorri. 
Coisa de amante, de gente que vive o
Abandono. 

Sou o farol!
Sou a luz perdida na solidão da madrugada,
Sou a canção que canta muda o soprar dos ventos,
Sou o corpo congelado pelo frio da indiferença,
Sou o último sinal de vida, 
Sou o farol que como um pastor pastoreia os
O sono dos viajantes do mar. 
  
O farol, vencido pelo tempo abandona-se à 
Solidão.  Açoitado pelas tempestades geme suas
Tristes cações.
Apaixonado observa o bailar das águas do mar
Desejando ser convidado para com elas dançar.
Como um bom pastor o farol pastoreia o mar os
Viajantes do mar! Como um pastor vigilante 
Suporta firme as intempéries do tempo sem 
Vacilar no seu pastorear. 
O farol, pastoreia o mar.

                                        Dezembro 25, 2013.
                                 
                             &


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