bate!
Angustiado peço clemencia,
mas clemencia o que disse
não tem.
O que eu disse foi dito,
investido de uma autoridade
que não lhe outorguei,
me bate.
O que eu disse me bate até
ás lágrimas.
Atira-se em minha face até
calar-me.
O que eu disse me bate.
Urra em meus ouvidos e me
cala.
Me deixa calado.
Repetindo o que falei, ao
ser questionado, o que eu
disse nega o que falou e, a
seguir me repreendi.
O que eu disse, diz não
guardar consigo as suas
falas, mas não esquece as
falas que lhe falei.
O que eu disse urra em
meus ouvidos, acusa-me
de haver lhe roubar a paz
com o que lhe disse.
O que eu disse está dito
e nem o arrependimento o
fará voltar atrás, então
foi, não voltará jamais.
O que eu disse me julga,
me condena, me leva ás
lágrimas enquanto sorri.
Eu disse, está dito.
Já tendo me condenado, o
que eu disse não aceita o
meu arrependimento.
Tarde para voltar atrás.
O que eu disse me
consome, rouba a minha
fome e não me deixa
dormir.
O Mensageiro - Chuy, fevereiro de 2015
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