me dá a viver.
Vivo o soprar dos ventos, a escuridão
da noite, e o silêncio da madrugada.
Não lastimo, estou ao encalço da vida,
e vivo as feridas que esta caminhada
me trás.
Estou no encalço da vida, vivo a
estupidez do medo, ouço segredos
que me pedem segredo do que
querem me contar.
Estúpido!
Guardo culpas que não deveria
guardar, segredos que não são
meus.
Estando no encalço da vida canto as
suas canções como se estas fossem
minhas.
No frio a verdade me sacode, me fala
de sentimentos inesperados e, o
medo que vive em meu encalço me
calça, me derruba, então caio.
No encalço da vida, invejo tudo que
ela se nega a me entregar.
Fujo dos abraços e dos braços que
ela insinua querer me dar e, em sua
presença me recuso a chorar.
Estou no encalço da vida e, não me
importo se, por causa disto, não saio
do lugar.
O Observador - Chuy, fevereiro de 2015.
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