segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Trejeitos


Repousando em meio às sentenças
a vírgula, aguarda pacientemente 
os pensamentos se darem por 
concluídos, para só então 
esclarecer a suas lógicas.

Ainda que não seja tão paciente
quanto a vírgula, o ponto e vírgula
não se define entre o corre e o 
caminhar. 
Ele vive as delongas, mas não 
gosta de esperar.

Os dois pontos, sem pedir licença,
pede aparte e da pitacos.
Dado às explicações, os dois 
pontos sempre pede um  tempo
ainda que seja para nada.

O hífen, dependendo do prisma 
pelo qual é visto, ele pode ser 
considerado um desagregador ou 
um casamenteiro.
Quem se importa com isto? 

A exclamação, em noite escura 
pode ser o susto, o medo.
Mas se em dia ensolarado é a 
surpresa, o sorriso que escapa dos
lábios.

Os três pontos!
É nos três pontos que residem a 
incerteza, a certeza e a 
desconfiança.
Três pontos, eu os vejo com 
certa desconfiança.

A interrogação. 
Não gosto da interrogação por
entende-la inquisidora, ditadora,
Acusadora e todas as outras 
doras advindas da sua 
curiosidade e desconfiança.

 O Mensageiro - Chuy, fevereiro de 2015

                @ 

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