segunda-feira, 15 de julho de 2013

Morte é vida


Morte! 
Escapa-me o medo que causas aos viventes,
Escapa-me o entendimento de que não sejas vida.
Morte! 
Se como morte fosses o fim, onde iniciaria a 
Lógica da vida, do viver?
Vida! 
És atos, fatos, sonhos, desejos dentre desejos,
Possibilidades, eventos, a morte.
Morte! 
Verdade renegada, fato deixado para quando se da.
Morte!
Evento negado até o momento em que ele abraça
A matéria e a leva consigo para o além.
Longevidade!
Caminho entre os mistérios do que entendemos 
Ser a vida.
Razão!
Seria a lógica do viver? 
Justiça? 
Que justiça existe em o justo viver e morrer da
Mesma forma que vivem e morrem os impios?
Então morte! Livra-te do pavor que atormenta
O espírito dos creem no fim da vida depois da
Experiência de te viver.
Morte! 
És a inteligência, és a discrição do choro mudo,
A profundeza do silêncio do apagar da vida
És o segredo, o mistério do por do sol.
Morte! 
A vida sem ti seria enfadonha, os momentos
Seriam sempre uma eternidade.
Sem ti morte,  os viventes não reconheceriam o 
Afago da brisa, nem a delicadeza da flores,
Não veriam nenhum sentido no amanhecer.
Morte!
Ainda que o seu mistério as vezes me assuste, 
Ele me encanta. No íntimo do meu cerne creio
Em uma vida só de paz depois de ti.
Morte!
Por que calas quando questionada sobre a vida?
Por que permites que te neguem como vida?
Morte!
Realidade que transcende as verdades 
Conhecidas e transforma verdades em mistérios.
Morte!
Medo, pêsames, despedidas, reflexões.
Morte!
Lágrimas, fim das feridas, das dores, a vida 
Afinal! 
Morte.

                                                     Julho 15, 2013

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