sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A seca



O sol inclemente, o chão ressecado, a poeira!
O vento seco sopra, o cisco preguiçoso
acorda. 
O cisco acorda, levanta-se para logo
repousar nos olhos sofridos, maltratados 
pela desolação.

As lágrimas, desamparadas, rolam pela face
e caem. 
As lágrimas caem sobre o chão ávido de 
sede que as bebe com avidez e reza. 
O chão faz preces aflitas, liberta o seu 
pranto, um lamento, uma oração.

Os braços sofridos, erguidos pro céu 
suplicam, uma promessa que não lhes foi
prometida.
O tempo, o sol,  o chão, a poeira ardente,
o sermão sofrido de quem não se 
desengana da fé sem receio da decepções.

Não chove, sedento, o sermão se cala
diante da inclemência do sol chora. 
Os braços, vencidos pela falta de chuva, 
entregam-se ao desânimo, e deixam o
olhos marejados chorarem o desespero
do seu coração.

     O Observador - Chuy, novembro 29, 2013

                    &



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