O vento seco sopra, o cisco preguiçoso
acorda.
O cisco acorda, levanta-se para logo
O cisco acorda, levanta-se para logo
repousar nos olhos sofridos, maltratados
pela desolação.
pela desolação.
As lágrimas, desamparadas, rolam pela face
e caem.
As lágrimas caem sobre o chão ávido de
As lágrimas caem sobre o chão ávido de
sede que as bebe com avidez e reza.
O chão faz preces aflitas, liberta o seu
pranto, um lamento, uma oração.
Os braços sofridos, erguidos pro céu
suplicam, uma promessa que não lhes foi
prometida.
O tempo, o sol, o chão, a poeira ardente,
o sermão sofrido de quem não se
desengana da fé sem receio da decepções.
Não chove, sedento, o sermão se cala
diante da inclemência do sol chora.
Os braços, vencidos pela falta de chuva,
entregam-se ao desânimo, e deixam os
diante da inclemência do sol chora.
Os braços, vencidos pela falta de chuva,
entregam-se ao desânimo, e deixam os
olhos marejados chorarem o desespero
do seu coração.
do seu coração.
O Observador - Chuy, novembro 29, 2013
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