sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Filosofando a vida

 

Sem a pretensão de querer ser um filósofo, em devaneios,
aqui e ali, cismado, observo a vida. 

Em minha percepção ignorante, a vida hora se comporta 
como as mulheres sérias e, hora se comporta como as 
vadias, a vida engana e daí, melhor cuidar.

Pensando a vida percebi que ela é algo que pode acabar 
agora, já!
Daí a importância de nunca parar para olhando para trás. 

Filosofando sobre a vida entendi que ela é algo para ser 
vivido já, agora, e não para ser compreendida.

Percebi que, compreender os mistérios da vida gera, 
num primeiro momento confusão e, a seguir as 
frustrações, e finalmente a depressão, a tristeza.
 
A compreensão da vida me faz entender o quão 
insignificante sou.

Observando a vida descobri que há tanto mistérios sob
o céu, que escapa ao ser humano conhece-los.
 
Estúpidos, estúpidos, estúpidos!
Julgam-se sábios e acreditam serem capazes de 
decifrar este criptograma insano que é a vida!

Atentando sobre a vida, fui convencido de que pelo
prisma que observo esta, tudo neste universo é 
possível, inclusive as mentiras, as verdades e o 
amor verdadeiro.

A vida é tão fingida quanto qualquer espécie
feminina!
Mais inteligente que os homens, a vida, assim como
as mulheres, chora, finge fragilidade sempre que
contrariada.
 
Observando os eventos que se dão à minha volta 
aprendi que é falso crer que a morte usurpa a vida.
Aprendi que a vida, a qual me escapa por entre os
dedos sem que eu possa mudar esta situação, não 
seria vida se não existisse  a morte.

Pensando a vida no formato que entendo ela ser, 
não guardo o meu corpo como sendo parte do que
sou.
O meu corpo é tão somente a roupa na qual fui 
designado a viver. 

O meu corpo é a vestimenta da qual, ao morrer, me
despirei.
Falecido, parto e deixo para trás o corpo no qual 
vivi até então, e vou viver uma outra realidade à 
qual escapa à compreensão dos viventes que 
permanecem aqui.

Ainda que parecendo ser longa, a vida pode acaba
aqui, agora, já.
Cuida!
Não desperdice tempo, até porque o tempo não espera.
Discutir os imbróglios da vida com a vida é perda de
tempo, apenas viva.

Com frequência me desentendo com a vida, mas sigo
vivendo.
Ainda que vivendo com relativa intensidade, nos
momentos de lucidez e mais clareza percebo que 
quase nada vivi.

                    O Mensageiro - Brasília, Novembro de 2013

                                      &

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