Desconfio que o medo que gera os meus medos,
tem mais a ver com os medos que vivi, que com
o fato de eu ter medo.
Fugindo dos medos que me atormentam, sinto
mais medo do medo que quando, em meio a
pesadelos, acordava assustado.
O medo me faz sentir medo de sentir de me
descobrir só.
Odeio o medo!
Que o meu medo morra junto com os seus
horrores.
Que morra o medo!
Esse medo infeliz que me assusta sem motivos
para me assustar.
Nego!
Rejeito o susto que desperta o medo do medo
que zela pelo meu desassosseego.
Não quero e nem vou viver mais os medos que
o meu medo me impõe.
Não!
Nunca mais permitirei ser acordado pelos
pesadelos que o medo me impõe.
Não sentirei mais os medos que o medo me
faz, e nem me assustarei com medo dos urros
do silêncio da madrugada, que urra só para
me fazer medo.
Habacuc, Brasília, novembro de, 2013
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