quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A vida



Vida, vivida fora de um lar é mãe
Rude, é madrasta de pouca
Tolerância.
Vida, quando vivida ao desabrigo
Familiar desconhece afagos,
Abraços e aconchegos.
Vida sendo simplesmente vida
Tortura, machuca, faz chorar,
Bate sem piedade, sem
Misericórdia.

A alguns, as durezas da vida
Deforma, rouba-lhes o espírito,
Esfria seus corações.
A alguns, a frieza da vida ao
Relento embrutece, despe-os da
Compaixão.
A alguns, os desencantos da
Vida de abandono tira-lhes a
Razão e os transforma em
Violências que ignoram os
Os "se não".
 
A rudeza da vida ao desabrigo
Do carinho familiar a alguns
Amansa, educa, apara arestas e
Os enobrece. A estes, a chibata
Da vida sendo vida, formata-os
Para a tolerância, para a
Compaixão, o perdão e o amor.

A alguns, o fel da vida ao
Desabrigo não embriaga, não os
Vicia ao ódio. A alguns, como o
A forja e a marreta, o sofrimento
Molda-os para o amor.
Os lapida e os transforma em
Joias preciosas e os faz brilhar
Tal como brilha a luz do sol e
Das estrelas.

A alguns, a truculência da vida
Órfã verga, mas não os quebra,
Não deforma seus espíritos.
A estes o tempo ensina a
Ponderação e reflexão.
Aos que a vida como vida não
Destrói, ela amansa seus corações
E os dá a conhecer o amor de Deus
E os entendimentos de suas razões.

                               Novembro 22, 2013


                            &


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