quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Saudades



Que saudades!
Saudades, saudades, saudades!
Saudades que choro em minha saudade.
Saudade que ressente do que se perdeu no tempo.
Saudade que chora os eventos que nunca esqueci.

Saudades!
Que saudades das histórias que vivi, das 
passagens adormecidas que aqui e ali me 
despertam no meio da solidão, para me falarem 
de saudades e reclamarem por nunca haverem 
acontecido.

Saudades!
Saudades do muito que deixei de viver por medo
do que poderia suceder.
Saudade de tudo que deixei para depois e lá os 
esqueci.
Saudade das situações que evitei, saudades dos 
eventos pelos quais chorei e, saldades das 
lágrimas que eventualmente chorei. 

Saudade! Saudades! Saudades!
Saudades da minha rua, saudade da lua, saudades
da menina lá da esquina. 
Saldades! 
Saudades do beijo que não beijei, saudade da 
paixão que nunca confessei. 
Saudade de um tempo que há muito vivi e que 
nunca esqueci.

Saudades, saudades, saudade!
Saudades que, caladas, escondem os prantos que
chorei.
Saudades que falam dos meus desencantos, 
saudades dos segredos a mi revelados e saudades
das coisas sobre as quais não me atrevo falar.
saudades que imploram para o tempo voltar.,

Saudades! Saudades! Saudades.
Saudades que choro em silêncio, saudades em
que escondo os meus sorrisos.
Saudades dos abraços de despedidas.
Saudades dos amigos(as) que não verei mais.
Saudades, saudades, saudades,
Vivo de saudades, sou todo saudades.

                                             Lido da Silva - Castries, agosto de 2018.

                       &


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