Não entendo o porque de o silêncio se
guardar calado diante de
questionamentos que requerem
respostas.
Não responder os questionamentos
não os cala, eles permanecem e,
ainda que calados, percebo a
indignação em seus olhos.
Quando me deparo com o silêncio,
constrangido abaixo a minha cabeça,
desvio o meu olhar do seu olhar, e
sigo adiante.
É horrível não ver respondidas as
interrogações expressas nas faces
que anseiam por respostas.
Não faz nenhum sentido o silêncio se
guardar mudo quando o mundo
suplica por seu pronunciamento.
O silêncio do silêncio é tão
inoportuno quanto as perguntas que o
faz calar.
E o senão, condicionador tudo,
cismado, observa as atitudes do
silêncio.
Não faz sentido vestir o silêncio de
silêncio quando é sabido que ele não
se manifestará.
O silêncio não percebe a necessidade
de resposta para eventos que se dão.
São só coisas, entende o
silêncio!
As coisas se dão por se darem,
entende o silêncio, então porque se
manifestar sempre que as coisas se
dão?
Não faz sentido!
O Observador - Brasília, junho de 2020
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