quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O silêncio do fim


O silêncio do fim é o prenúncio de um longo
caminhar, é o desconhecido. 
O silêncio do fim é o desconhecido que 
abraça o vivente e o acompanhará tão logo
ele cruzes a linha que separa o que 
entendemos por vida, da vida por vir.
O silêncio do fim é uma estrada, uma 
história desconhecida, conhecida de todos,
o recomeço.

Penso que os que os viventes entendem por 
fim é o que creio ser prenúncio de um 
silêncio que espera ansioso por aqueles que 
cruzam a sala de despedidas
O que os viventes guardam por 
desconhecido entendo ser o caminho que se
abre diante de todos quando a porta da vida
se fecha após a a nossa passagem.
Acredito ser o desconhecido que nos abraça  
quando abandonamos o nosso corpo, 
quando olhamos e nada mais vemos do que 
acreditávamos ser a vida.

O silêncio do fim é o prenúncio do que 
ouviremos antes do último dobrar do sino.
É o que sentirmos logo após o nosso 
último por de sol.
O prenúncio da partida de um vivente se da 
quando a lua esplendorosa que brilha no céu
não mais refletir em seus olhos.
Então, em milésimo de segundo, tudo que o
vivente terá vivido passeará diante dos seus 
olhos, bem como tudo que foi deixado de 
viver. 
O vivente partirá só com o que, de fato, 
viveu.
Levará com ele tão somente o que guardou 
em seu coração.

O Mensageiro - Brasília, setembro de 2011.


                          *

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