caminhar, é o desconhecido.
O silêncio do fim é o desconhecido que
abraça o vivente e o acompanhará tão logo
ele cruzes a linha que separa o que
entendemos por vida, da vida por vir.
O silêncio do fim é uma estrada, uma
história desconhecida, conhecida de todos,
o recomeço.
Penso que os que os viventes entendem por
fim é o que creio ser o prenúncio de um
silêncio que espera ansioso por aqueles que
cruzam a sala de despedidas.
O que os viventes guardam por
desconhecido entendo ser o caminho que se
abre diante de todos quando a porta da vida
se fecha após a a nossa passagem.
Acredito ser o desconhecido que nos abraça
quando abandonamos o nosso corpo,
quando olhamos e nada mais vemos do que
acreditávamos ser a vida.
O silêncio do fim é o prenúncio do que
ouviremos antes do último dobrar do sino.
É o que sentirmos logo após o nosso
último por de sol.
O prenúncio da partida de um vivente se da
quando a lua esplendorosa que brilha no céu
não mais refletir em seus olhos.
Então, em milésimo de segundo, tudo que o
vivente terá vivido passeará diante dos seus
olhos, bem como tudo que foi deixado de
viver.
O vivente partirá só com o que, de fato,
viveu.
Levará com ele tão somente o que guardou
em seu coração.
O Mensageiro - Brasília, setembro de 2011.
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