Estou diante de uma Cruz que se recusa
A crucificar-me.
Não entendo!
Quero que me deixe assumir os meus
Quero que me deixe assumir os meus
Pecados, peço para pagar pelo perdão que
Recebo, mas a Cruz me responde:
"Não!
Já estás perdoado".
Entendimentos!
Que entendimento seria sábio o bastante
Para fazer-me compreender o que diz o
Que entendimento seria sábio o bastante
Para fazer-me compreender o que diz o
Silêncio que mora na Cruz?
A Cruz observa a minha angústia com
Compaixão e isto inquieta o meu coração.
Percebendo o meu desespero, piedosamente
A Cruz me diz:
"Acalme o teu coração, sou contigo".
Tamanha generosidade faz doer a minha
Consciência, consciência esquecida em
Meios aos meus pecados.
Estou diante de uma Cruz que se dá,
Uma Cruz que se recusa a me condenar.
Estou diante de uma verdade que tem
Todos os motivos para me criticar,
Ela tem todos as razões para me apontar
Mas no entanto, me trata por filho amado.
É a verdade que me inocenta dos meus
Pecados e me concede o seu perdão.
Estou diante da Cruz.
Habacuc,
novembro de 2012
*
I am in front a Cross that refuses
Crucify me.
I don't understand!
I want you to let me pay for mine sins,
I´m asking for to pay the forgiveness that
I´m receiving, but the Cross answers me:
"No! You are already forgiven."
Understandings!
What understanding would be wise enough
To make me understand what says the silence
That lives on the Cross?
The Cross-observes my anguish with
Compassion and this disturbs my heart.
Realizing my anguish, piously the Cross says to
Me: "Calm down your heart, I'm with you".
Such generosity just brings sums pain to my
Consciousness, a consciousness lost in means
Of my sins.
I am in front a Cross which given itself,
A Cross that refuses to condemn me.
I am facing a truth that has
All the reasons to criticize me,
It has every reason to point me out
But nevertheless, its treats me as a beloved son.
It's the truth that clears me from my
sins and grant me its forgiveness.
I am in front of the Cross.
*