Quando a
razão perde o sentido das
coisas e
as coisas abandonam o seu
curso, o desequilíbrio apodera-se da
situação e transforma-se no temido:
– e então?-.
O - e então?-, descabido
como
sempre foi, faz questionamentos
irracionais para às quais somente
ele: o -e então?, tem resposta.
Desprovida
de razão a situação
questiona.
A situação questiona tudo, só não
questiona os seus: - senãos.
Ela tem medo!
O desencanto, acuado, se
entrega ao acaso que o trata com
descaso e este pauta a sua vida
com despropósitos
que assustam
a razão.
Quando sem razão, a razão parece
evasiva, parece
algo insuportável
de ser vivido.
Quando a razão despe-se do seu
sentido, perde a sua razão.
A razão, ao aliar-se ao absurdo
permite que este prevaleça e
provoca decepções e lágrimas.
Lágrimas que o amor, sozinho,
não consegue conter.
Sem a razão o improvável torna-se
tão provável que o sono, assustado
com a escuridão no meio do dia,
recusa-se a dormir sozinho.
Que eu viva a razão!
Lido da Silva - Brasília, novembro de 2012
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