Bebo!
Bebo e o gosto amargo da vida desce pela minha garganta
Com a promessa de que me fará sofrer e então, triste,
Bebo.
Bebo!
Bebo o esquecimento que me responsabiliza por eu ser
Esquecido e bebo.
Bebo para esquecer que o esquecimento falou que voltará
Amanhã para se fazer lembrado e que o fará de forma tal,
Que jamais o esquecerei e então, bebo.
Bebo!
Bebo o gosto amargo do amargo que é tudo que evito
Viver e é o que só tenho vivido até agora.
Bebo!
Bebo o sabor seco que molha o interior do meu corpo e o
Deixa amargo, então bebo.
Bebo!
Bebo para esquecer o que não quer ser esquecido, o que
Insiste em me recordar que esquecer é pior que ser
Esquecido e que ser esquecido é ser lembrado de forma
Odiosa.
Bebo!
Bebo o "tudo“ que o "nada“ representa em minha vida.
Bebo!
Bebo querendo ser o "nada“ que a vida se tornou para
Mim.
Bebo!
Bebo o gosto amargo da vida, quando tomado de
Momentos de amargura.
Bebo!
Bebo o beijo que perdi no meio de uma torrente de
Pensamentos que me fizeram concluir que não deveria
Ter te beijado.
Bebo!
Bebo o que agora está distante levado por ti e bebo.
Bebo!
Bebo para não ver o amanhã chegar e me encontrar com
O gosto amargo deixado pela desventura de ter bebido
Por causa de ti.
Habacuc,
outubro de 2011
*
The life´s bitterness
I drink!
I drink the bitter taste of life and its goes down my throat
With the promise that will make me suffer and then, sad,
I drink it.
I drink!
I drink the forget that blames me for being
Forgetful and drink it.
I drink to forget that the forgetfulness said that he would
Come tomorrow to make itself remembered by me in
A such way that I will never forget him and then,
I drink.
I drink!
I drink the bitter taste of the bitterness that is everything
I avoid to live and it’s all I have lived until now.
I drink!
I drink the dry taste that wets the interior of my body and
Makes it bitter again, then I drink.
I drink!
I drink to forget what doesn’t want to be forgotten,
What insists to remind me that to be forgot is worse than
To forgotten and that, to be forgotten is to be remembered
In a hateful way.
I drink!
I drink the “everything” that “nothing” represents in my
Life.
I drink!
I drink trying to be the “nothing” that life has become to
Me.
I drink!
I drink the bitter taste of life, when I find myself in a
Moments of bitterness.
I drink!
I drink the kiss that I lost in the middle of a flood of
Thoughts that made me conclude that I shouldn’t have
Kissed you.
I drink!
I drink what is now distant, what was taken by you
And I drink.
I drink!
I drink for do not see the tomorrow come and meet me
Still with the bitter taste left by the misfortune of having
Drunk because of you.
*
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