sexta-feira, 29 de junho de 2012

Empederni


Sou constantemente constrangido pela gramática da 
língua portuguesa, por desconhece-la.
Escrever nesse idioma, é uma temeridade, é uma 
verdadeira casca de banana.  
Sinceramente falando, nem me atrevo a discutir 
as minhas limitações quando o tema é "gramática 
da língua portuguesa". 
Partindo do principio de que; quando nasci, não fui 
consultado sobre que idioma eu gostaria de usar no 
decorrer da minha vida, me sinto totalmente 
desobrigado de ter que dominar, com segurança,  a 
gramática da língua portuguesa.
Sei lá!
Mas entendo que, como cidadão afro-brasileiro, 
posso reivindicar o direito de só falar o idioma
brasileiro.

Vejamos!
Vejamos se, sendo você um conhecedor a 
gramática da língua portuguesa, consegue analisar
com precisão as seguintes palavras; chá, xá, sede, 
sede, cede, trás, traz, sexta, cesta.
E então?
Fácil?
Quem disse que a língua portuguesa é fácil?
Por que cobrar dos nossos pobres graduados o
domínio sobre esta loucura que é o idioma 
português? 
Falemos o "brasileiro" que é a nossa língua e, 
com toda certeza, mais racional que a língua dos 
patrícios que, evidentemente, não é a língua 
brasileira.

Há poucos dias fui constrangido, publicamente,
ao ser forçado, pela gramática da língua 
portuguesa, a concordar com uma pessoa que eu
não conhecia, com um tempo que não vivi e 
com um número que eu desconhecia. 
Como se não bastasse os problemas já citados,
ainda fui empurrado por um verbo que me 
obrigou a concordar com um sujeito que eu 
sequer conhecia. 
Isto foi constrangedor. 

Num passado já distante, me deparei com um 
tal de “empederni”. 
Quando lhe perguntei o que ele era na vida, ele 
me respondeu que era um verbo.
Por um acaso você já ouviu falar deste verbo?  
Por um acaso você sabe o que significa 
"empederni"?
Pois é, isto é coisa da gramática da língua 
portuguesa. 
Em um dos primeiro concursos público que 
participei, fui reprovado, entre outras coisas, por  
desconhecer este tal de "emperderni". 
Claro que depois do estrago corri atrás e dei um  
jeito de conhecer melhor a figura.

Odeio a imposição da língua portuguesa para nós,
os brasileiros. 
Nós temos a nossa língua, o "brasileiro", e ela é 
mais bonita, flexível e rica que a sua mãe 
portuguesa.

                 Lido da Silva - Brasília, junho de 2012.

                                   *

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Por onde andas?


Há tempo o teu sorriso não bate em minha porta,
há muito não te ouço dizer; "até já".
Por onde andas?
Foste até ali prometendo voltar, e nunca mais
vieste me visitar. 
De vez em quando, nas rodas de amigos, 
alguém menciona o teu nome e meu coração, 
em sobressalto, desperta e pergunta quando irei 
te procurar.
Por onde andas?

Ontem à tarde sentei-me naquele mesmo lugar
onde costumávamos nos encontrar nos finais de
tarde, e o garçom perguntou por ti. 
Ainda teu amigo, mas te guardando como minha 
amada, deixei a saudade dominar o meu peito e
o meu coração chorou. 
Há tempo não sinto o teu perfume me abraçar, 
nem os teus cabelos longos acariciarem a minha 
pele. 
Onde estás?

Há tempo não ouço a tua voz me chamando e, 
nem experimento a suavidade da tua mão me
tocando.
Há muito não nos falamos, nem vejo a luz do 
teu olhar. 
Sinto saudades dos teus telefonemas  
perguntando se tudo vai bem, e tu me  dizendo
sentir a minha falta. 
O que mudou?
Por que partistes? 
Há tempos que o meu coração chora a tua falta. 
Ontem, no final da tarde, quis muito que 
estivesses aqui comigo.

                          Mauro Lucio - Brasília, junho de 2012

                              *




Contar-te-ei



Contar-te-ei o que a chuva, pedindo segredo, me 
contou.
Entregar-te-ei o que o vento, em sua fuga eterna,
me entregou. 
Ensinar-te-ei o que o tempo, velho sábio, me 
ensinou.

Agora ande!
Ande e ensinar-te-ei a andar sob o escuro do 
eclipse e calar-te-ei se chorares os medos que o
teu medo te faz sentir.
 
Não me peça!
Não me peça porque, ainda que me peças, não 
enxugarei os teus prantos de pavor.
Não faz sentido evitar os sustos que, só o 
medo do medo que sentes é capaz de te fazer
sentir. 

Digo-te que a chuva me contou que quando
ela cai, cai ansiosa por ser amparada por ti,
ela cai ansiosa por adormecer em teu braços.
 
O vento me pediu para te entregar as lágrimas
que os teus olhos hão de chorar quando ele 
soprar, a poeira que é a vida, em tua face.

Contar-te-ei então que, a poeira na qual o teu
corpo se transformará, com o passar do 
tempo ganhará nova vida e voltará. 

O tempo me pediu para não te assombrar, ele 
me suplicou para eu não te falar sobre os 
Segredos da vida, antes da tua vida acabar.

Corra! 
Se não queres que eu ouça os teus prantos,
enquanto mergulhada em agonia, corra. 
Corra!

Se não desejas viver as minhas incertezas, 
confie mais nas tuas certezas e corra, corra 
para o tempo não te alcançar.
 
Se estás segura de que consegues 
conviver com os teus medos, então não te
assuste com medo de um medo que sabes 
poder vencer.

Contar-te-ei que a lua que brilha no céu, 
só sai à noite, exclusivamente, para te 
encontrar.
 
Far-te-ei crer que o sol que brilha no céu, 
e brilha tão somente para te encantar.

Convencer-te-ei de que as tempestades 
que desabam sobre ti, não têm a intenção 
de te afogar.

De tudo que sei da vida, a que mais sei 
é que o amor foi criado somente para te
amar.

         O Mensageiro - Brasília, junho de 2012


                     *




quarta-feira, 27 de junho de 2012

Os infortúnios


Pesadelos, desalento que relata casos, e
desespero.
Sofrimento, sujeito que mora nas 
favelas, favelas que desmoronam ao 
menor sopro do vento.
O terror é tanto que um simples grito,
causa uma correria sem fim! 
O mundo corre sem rumo e deixa para
trás a vida mas.
A vida foge mas, logo adiante, 
cansada, se senta e espera pelos sonhos 
que ainda anseiam serem sonhados.

Um sorriso e a falsa percepção de que
a tristeza se desfez.
Vai! Toma o seu lugar e se senta.
Sente-se e espera o descuido do sol  
para ir lá fora ver se a vida, que havia
ficado para trás, está chegando. 
A ignorância espera reviver por tudo
que já viveu sem se dar conta de que
o que já foi vivido jamais voltará.

A estrada, o trilho, o choro e frio, tudo
que era hoje se foi, está no passado, 
se transformou em ontem sem olhar 
para trás, sem dizer adeus.
 
O sorriso pariu a tristeza e partiu, foi
embora para nunca mais voltar.
Ele se foi e deixou em seu lugar o 
vazio que ficará para sempre.
Sempre que precisar sorrir, olharei o 
ontem, uma vez que o hoje não 
passa de promessa. 

Olharei para o ontem, como olho 
para um idoso, gente que já viveu 
tudo. 
Olho e, meio decepcionado, percebo 
o quanto fui tolo ao sorrir dos 
infortúnios escondidos no amanhã 
aguardando por mim. 
Um amanhã, seio de mistérios, e que
se não tomo tendo só o verei como 
ontem.

O Mensageiro - Brasília, junho de 2012.

                   *

O voo do beija-flor


Leve como um bailarino, o beija-flor valsa por
entre as flores.
Tal como a mão do amante vagueia pelo corpo
de sua amada, o beija-flor toca as flores com 
seus beijos. 
O beija-flor deita sobre as flores suave como o
orvalho repousa sobre a relva.
Suave, como o soprar brisa, o beija-flor voa, 
voa e o seu voar enfeita os jardins!

O beija-flor voa! 
O beija-flor flutua como uma pluma e, como 
as folhas soltas ao vento, ele sobe e desce num
voar que só ele é capaz de voar.
O beija-flor voa, ele voa como os sonhos mais 
ousados são capaz de voar.
O beija-flor voa!
O beija-flor voa e, o seu voar bolina com a 
imaginação do vivente que o assiste voar.  

Voa! 
A serenidade do voo do beija-flor, é como o 
resvalar da neve na vidraça da minha janela. 
De repente, num suave piscar de olhos, o 
beija-flor me convida a sonhar.  
Eu sonho, sonho em poder voar como só o 
beija-for é capaz de voar.
O beija-flor voa!
O beija-flor voa e, em seu lindo voar, ele me 
estimula a devanear.  

                        Lido da Silva - Brasília, junho de 2012.

                              *



terça-feira, 19 de junho de 2012

Fotos do Pontão, Lago Paranoa - Brasília-DF, Brasil




























Filosofias


A filosofia do "adeus", desafiando
a sua lógica, na hora da 
despedida, ainda que frustrada,
sorri.
Ela sorri não sei de que!
As despedidas ferem, machuca
quem fica, e fere quem parte.  

Em seu íntimo, a filosofia do
"adeus" sorri do vazio que chega,
quando das despedidas.
Ela sorri ao perceber que eu, seu
discípulo, só se me dou conta de
que é  melhor ficar que partir, 
quando já estou me despedindo.
Nesse momento, já abraçados
pelo frio da tristeza, choro.

A filosofia do "medo", sempre 
me induz  a crer que ficar, ainda
que sofrendo, é melhor que o
adeus, mas as lágrimas me 
convencem que o frio do 
desamor adoece o meu espírito.

Confuso, em meio a tantas 
filosofias, não encontro abrigo 
em nenhuma delas. 
As "lágrimas" me chamam de
fraco.
O "medo" zomba da minha 
covardia e as "mentiras" me 
tomam por tolo.

A filosofia do "sorriso" me 
assusta quanto a percebo 
sorrindo da minha intenção de
voltar a me apaixonar. 
Então me apaixono!
Me apaixono e a filosofia do
"sorriso" me tem por tolo, tolo 
por acreditar na paixão.

Estando sozinho, percebi, 
há tempo, que a filosofia do 
"não sofrer" me encoraja a 
não me apaixonar e, não me
apaixonar é algo que não 
pretendo viver.

O Mensageiro - Brasilia, junho de 2012.


                *

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Planeta está enfermo


No escuro da noite, a lua brilha no céu e derrama sobre a
terra todos os seus mistérios. 
O silêncio da madrugada, tenebroso que é, fingindo não
se saber parte do sistema, assiste mudo, o incauto ir e vir 
das estrelas que, num descuido, caem no mar e o faz 
transbordar. 
O mar transborda e as sua águas, furiosas com o descaso
com que são tratadas, correm atrás de tudo que 
acreditam poderem alcançar. 
Aturdidos, sem entender o que se passa, ao verem o mar
revolto, os vivente olham para o céu e suplicam 
clemência.

O vento sopra!
O vento sopra tufões, tornados , tempestades e destrói
tudo que encontra em seu caminho.
Passada a tempestade, os viventes se vêm ao desabrigo!
O desalento do frio é o agasalho mais confortável  que o
homem encontra. 
Chorando, os viventes olham  para o céu em busca de
Deus, o Deus no qual não acreditam.  
Desprotegida a humanidade busca abrigo em orações as 
quais nunca oram. 

O dia amanhece e, em tempestade, o sol desaba sobre
terra. 
Ardendo em febre, o sol permite que o seu calor 
incendeia tudo, tudo que deita sob o seu corpo. 
O sol queima as florestas, ceifa vidas, derrete geleiras, 
seca rios e transborda oceanos. 
Febril o sol consome as águas que repousam sob a sua 
luz e, em convulsão, vomita-as sobre a terra em forma
de chuvas causando destruições inimagináveis. 

Quando com frio o planeta terra treme.
A terra treme violentamente e, num estouro, provoca 
terremotos avassaladores que arrancam de uma só
vez, tudo que os viventes cravaram em seu corpo. 
O planeta está revoltado com o descaso com que  
sempre foi tratado.  
O mar, vomita os dejetos que lhes obrigamos engolir e,
em gigantesco tsunami, invade a terra e faz os 
homens chorarem as suas inconsequências.
O mar força os viventes entenderem que sem um 
acordo de paz com o planeta eles não sobreviverão.

                                O Mensageiro, Brasília, junho de 2014.

                                        *




terça-feira, 12 de junho de 2012

Por que não?



Por que não?
Por que não dizer “te amo” se estás amando?
Por que não sorrir o sorriso que anseia desfilar em 
teus lábios?
Por não viajar a estrada que se abre diante de ti,
por que não olhar para o sol enquanto este brilha
em sua forma mais intensa no céu?
Por que não?
Por que não?

Por que não te agasalhar na chuva quando esta 
vestir tua pele com o seu frescor?
Por não tomar em teus braços o sopro da brisa 
quando esta enternece o teu coração e o faz 
sentir-se amado?
Por que não?
Por que não sair à rua na madrugada e sentir o 
orvalho beijar a tua face?
Por que não viver os amores que a vida oferece?
Por que não?  
Por que não?

Por que não olvidas as tristezas que te afligem 
enquanto vives a felicidade que a vida está a te 
oferecer?
Por quê não?
Por que não corres ao encontro do amor que 
vem ao teu encontro?
Por que não acordar no meio da noite para ouvir
o silêncio dizer-te o quanto és querido?
Porque não seguir o amor onde quer que ele 
queira te levar? 
Por quê não?
Por que não?

                 Lido da Silva - Brasília, junho de 2012.


                            *


Contraditório



Desde que verti as primeiras lágrimas
por causa de paixão, tornei-me um 
discípulo do contraditório.

Sendo um discípulo do contraditório,  
amo as contradições, ainda que estas 
me consumam.
 
Enlouquecido, tomado pelas 
contradições, amo sem me atentar 
para as lágrimas que irei derramar.
 
Louco, vivendo os mistérios da 
loucura da paixão, amo.
Apaixonado, fujo da paixão, 
enquanto abraçando ela.

Chorar por causa de paixão, há 
muito, deixou de me fazer mau.  
 Jurando jamais me apaixonar, me 
apaixonei.  
Tolice, tolice, tolice!

O contraditório, se mulher fosse, 
não me amaria tanto. 
A paixão sempre me cobra mais 
do que tenho para entregar.
 
Sem perceber o papel a mim 
atribuído no tabuleiro da paixão, 
custei a me dar conta de que 
neste jogo, a minha atribuição é 
sofrer.
 
Desde que o "me apaixonar" 
roubou o meu sorriso que não sei
o que é sorrir de felicidade.
 
E assim vivo a contradição de
não querer me apaixonar já 
estando apaixonado por quem, 
certamente, nunca irá me amar. 

Tornei-me contraditório desde
a primeira vez que chorei por
causa de paixão.

   Lido da Silva - Brasília, junho de 2012

                   *



sexta-feira, 8 de junho de 2012

Meu pranto



Não! 
Não tente parar o meu pranto quanto este
estiver chorando as tristezas que 
trouxestes para a minha vida. 
Não queira enxugar as minhas lágrimas, 
quando as minhas lágrimas estiverem 
chovendo em teu sentido de piedade. 
Por favor!
Não me impeça de partir quando eu 
decidir abandonar a tristeza que vive em
meu coração.

Não! 
Não me abraces, não tente me impedir de
partir de ti, quando eu estiver fugindo, 
indo me guardar em meu silêncio. 
Deixa-me ficar calado, não digas nada, 
apenas ouça a tua mudez conversar 
comigo. 
Não diga nada, quando eu me calar e, só 
a tua ausência ficar comigo. 
Não! 
Não interrompa o meu sorriso sem 
graça na em que este te disser adeus.

Cale! 
Cale e deixe a tristeza dos meus olhos 
passear em tua face, antes de eu 
abandonar os sonhos que sonhei viver 
contigo. 
Por favor!
Não interrompa o meu pranto, quando
eu estiver me despedindo, te dizendo 
adeus. 
Não me abrace, não segure em meus 
braços quando eu estiver indo de 
encontro da solidão.
Por favor não finja um sentimento que
não sentes por mim. 
Não!
Não diga nada quando eu estiver indo 
de ti, só  me deixa ir, vai ser mais fácil
assim. 

            Lido da Silva - Brasília, junho de 2012.

                                           @



                    



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Os nossos heróis, nossa cidade



Onde estão os nosso heróis, os nosso pensadores?
Por que será que não os encontro nas ruas, nas 
avenidas e nem nas praças das nossas linda 
capital?

Terá sido por ignorância ou por displicência que 
os legisladores não incluíram em nosso convívio, 
a inteligência dos poetas, os devaneios dos 
romancistas e dos pensadores.
Onde está a coragem dos nossos desbravadores 
que são parte da história do nosso país?

Diante de tanta indiferença da nossa gente para 
com aqueles que escreveram a história do nosso 
povo me pergunto; será que a gente brasileira 
ainda não percebeu que a história da nação é o 
alicerce do futuro do nosso povo?

Que tal se o eixo rodoviário fosse rebatizado de:
– Avenida Zumbi dos Palmares?
E, se batizassemos o eixo monumental de 
"Avenida Juscelino Kubitschek"?
E se a W3 fosse renomeada  para Avenida Vinícius
de Morais, o eixo leste fosse a Avenida Villa Lobos,
o eixo oeste fosse a Avenida Dr. Carlos Chagas?
A  L2 Sul  poderia se chamar Avenida Tom Jobim e
a L2 Norte de Avenida Pixinguinha. 
A W4 Sul seria a Avenida Tiradentes, pensem!

De repente estas avenidas nem precisassem ter, 
especificamente estes nomes pois heróis não 
nos falta, mas que tivessem nomes que lhes 
dessem vida, que lhes dessem um rosto, que lhes
desse alma. Brasília, como está hoje, é uma cidade
sem alma.

Que as ruas, as avenidas e as praças de Brasília 
contassem a nossa história para nossos filhos e 
para os nossos netos, bem como para as gerações
futuras. 
Onde estão os nosso heróis que não os encontro
em lugar algum desta Cidade?

Brasília, em relação à sua gente, se comporta 
como aquele pai que não reconhece os seus 
filhos. 
A cidade não preza os seus filhos ilustres e nem 
homenageia os seus heróis, os heróis que a 
idealizou, e nem os bravos que a construíram, de
tal sorte que esta cidade se assemelha as pessoas 
que nunca foram à escola, cuja inteligência 
dorme no pântano da ignorância.

Continuarei buscando, nas ruas de Brasília, os 
nomes dos nossos poetas, dos nosso romancistas,
dos músicos e dos pensadores.
Sei que eles existiram e, por saber que suas almas 
clamam por seus reconhecimento e suas justas 
homenagens, continuarei buscando.

              O mensageiro, Brasilia - junho de 2012.


                               *


sábado, 2 de junho de 2012

A mulher e o homem



Depois de muitas idas e vindas e, feitas e desfeitas,
entendi que é coerente o dito popular que afirma
não ser possível a amizade entre uma mulher e 
um homem.
Bom!
Caso a colocação acima não pareça apropriada eu 
a corregeria pensando que uma mulher só aceita 
ter como amigo o homem o qual ela estivesse 
segura de que jamais o aceitaria em sua cama.

Divagando em minhas ponderações conclui que as 
mulheres, assim como os gatos brincam com suas
presas antes de come-las, brincam com o homem 
com o qual ela pretende se deitar. 

As mulheres são tinhosas.
As mulheres dominam os truques dos truques e os
pensamentos dos pensamentos. 

Enquanto o homem se esmera para descobrir o 
caminho mais curto para chegar à cama de uma 
mulher, a mulher arruma a sua cama a espera do 
homem que pensa estar a conquistou.
 
O homem se ilude acreditando ter conquistado a 
mulher a qual tanto deseja,. A mulher, deitada nos
braços do homem que a conquistou, zomba da  
incapacidade deste homem de perceber que ele é   
que foi conquistado por ela. 

A mulher não consegue ver como uma simples 
amizade, a presença do homem com o qual ela
seria capaz de ir para cama. 
 
A mulher odeia ser tratada como mulher pelo 
homem o qual ela escolheu como seu amigo, da 
mesma forma que ela detesta ser tratada como 
amiga pelo homem o qual ela deseja ter em seus
braços.

É estúpido o homem pensar que conseguirá ser 
amigo da mulher que o escolheu como homem.
 
Não é possível haver amizade entre uma mulher
e um homem, a menos que a mulher esteja 
decididamente segura de que jamais se deitaria  
com esse homem.

                          O Mensageiro - Brasília, Junho de 2012.


                                 *






Em meu interior

Observando as minhas atitudes interior, percebo os meus pecados ansiando por pecar.  Percebo a inquietude do meu espírito e o seu protestand...