No escuro da noite, a lua brilha no céu e derrama sobre a
terra todos os seus mistérios.
O silêncio da madrugada, tenebroso que é, fingindo não
se saber parte do sistema, assiste mudo, o incauto ir e vir
das estrelas que, num descuido, caem no mar e o faz
transbordar.
O mar transborda e as sua águas, furiosas com o descaso
com que são tratadas, correm atrás de tudo que
acreditam poderem alcançar.
Aturdidos, sem entender o que se passa, ao verem o mar
revolto, os vivente olham para o céu e suplicam
clemência.
O vento sopra!
O vento sopra tufões, tornados , tempestades e destrói
tudo que encontra em seu caminho.
Passada a tempestade, os viventes se vêm ao desabrigo!
O desalento do frio é o agasalho mais confortável que o
homem encontra.
Chorando, os viventes olham para o céu em busca de
Deus, o Deus no qual não acreditam.
Desprotegida a humanidade busca abrigo em orações as
quais nunca oram.
O dia amanhece e, em tempestade, o sol desaba sobre
terra.
Ardendo em febre, o sol permite que o seu calor
incendeia tudo, tudo que deita sob o seu corpo.
O sol queima as florestas, ceifa vidas,
derrete geleiras,
seca rios e transborda oceanos.
Febril o sol consome as águas que repousam sob a sua
luz e, em convulsão, vomita-as sobre a terra em forma
de chuvas causando destruições inimagináveis.
Quando com frio o planeta terra treme.
A terra treme violentamente e, num estouro, provoca
terremotos avassaladores que arrancam de uma só
vez, tudo que os viventes cravaram em seu corpo.
O planeta está revoltado com o descaso com que
sempre foi tratado.
O mar, vomita os dejetos que lhes obrigamos engolir e,
em gigantesco tsunami, invade a terra e faz os
homens chorarem as suas inconsequências.
O mar força os viventes entenderem que sem um
acordo de paz com o planeta eles não sobreviverão.
O Mensageiro, Brasília, junho de 2014.
*
Meu caríssimo poeta lindo!
ResponderExcluirAmei esse texto!
Posso dizer que acompanho o teu trabalho
há algum tempo, e, que conheço um pouco
o teu pensamento, este foi para mim um
dos mais expressivos que você já produziu!
Parabéns, o teu Manifesto provoca em muitos
de nós grande dose de sensibilidade para olharmos
com mais carinho o nosso Planeta.
A tua preocupação e o teu grito de alerta, levam-nos
a refletir que a situação está caótica pela
forma agressiva e impensada em que os seus habitantes,em especial as grandes corporações, têm provocado ao
nosso ambiente, à nossa casa Planeta Terra!
Adorei, meu poeta querido! Meus cumprimentos
por trazer esse tema ao debate!
Um grande beijo,
Dorinha