Há tempo o teu sorriso não bate em minha porta,
há muito não te ouço dizer; "até já".
Por onde andas?
Foste até ali prometendo voltar, e nunca mais
vieste me visitar.
De vez em quando, nas rodas de amigos,
alguém menciona o teu nome e meu coração,
em sobressalto, desperta e pergunta quando irei
te procurar.
Por onde andas?
Ontem à tarde sentei-me naquele mesmo lugar
onde costumávamos nos encontrar nos finais de
tarde, e o garçom perguntou por ti.
Ainda teu amigo, mas te guardando como minha
amada, deixei a saudade dominar o meu peito e
o meu coração chorou.
Há tempo não sinto o teu perfume me abraçar,
nem os teus cabelos longos acariciarem a minha
pele.
Onde estás?
Há tempo não ouço a tua voz me chamando e,
nem experimento a suavidade da tua mão me
tocando.
Há muito não nos falamos, nem vejo a luz do
teu olhar.
Sinto saudades dos teus telefonemas
perguntando se tudo vai bem, e tu me dizendo
sentir a minha falta.
O que mudou?
Por que partistes?
Há tempos que o meu coração chora a tua falta.
Ontem, no final da tarde, quis muito que
estivesses aqui comigo.
Mauro Lucio - Brasília, junho de 2012
*
È meu amigo, tem muitos que se foram sem se despedir... O que podemos fazer, é aceitar e se redimir, não deixar nossa dor nos consumir.
ResponderExcluirÉ vedade prezada Alda! Até porque tudo nesta vida tem o agora, o durante e o depois. Além do que a saudade é parte da vida.
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