quinta-feira, 28 de junho de 2012

Por onde andas?


Há tempo o teu sorriso não bate em minha porta,
há muito não te ouço dizer; "até já".
Por onde andas?
Foste até ali prometendo voltar, e nunca mais
vieste me visitar. 
De vez em quando, nas rodas de amigos, 
alguém menciona o teu nome e meu coração, 
em sobressalto, desperta e pergunta quando irei 
te procurar.
Por onde andas?

Ontem à tarde sentei-me naquele mesmo lugar
onde costumávamos nos encontrar nos finais de
tarde, e o garçom perguntou por ti. 
Ainda teu amigo, mas te guardando como minha 
amada, deixei a saudade dominar o meu peito e
o meu coração chorou. 
Há tempo não sinto o teu perfume me abraçar, 
nem os teus cabelos longos acariciarem a minha 
pele. 
Onde estás?

Há tempo não ouço a tua voz me chamando e, 
nem experimento a suavidade da tua mão me
tocando.
Há muito não nos falamos, nem vejo a luz do 
teu olhar. 
Sinto saudades dos teus telefonemas  
perguntando se tudo vai bem, e tu me  dizendo
sentir a minha falta. 
O que mudou?
Por que partistes? 
Há tempos que o meu coração chora a tua falta. 
Ontem, no final da tarde, quis muito que 
estivesses aqui comigo.

                          Mauro Lucio - Brasília, junho de 2012

                              *




2 comentários:

  1. È meu amigo, tem muitos que se foram sem se despedir... O que podemos fazer, é aceitar e se redimir, não deixar nossa dor nos consumir.

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    1. É vedade prezada Alda! Até porque tudo nesta vida tem o agora, o durante e o depois. Além do que a saudade é parte da vida.

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