Em tuas trilhas, parque Olho d´água, cruzo
com incontáveis rostos e diferentes
semblantes.
Faces com disfarces, rostos sem rostos,
pensamentos, pessoas, sorrisos e tristezas.
Em teu ceio, meu parque, a natureza
discute se se faz mais linda ou se linda
como parque Olho d´água está bem!
Amado parque Olho d´agua! Em tuas
manhãs bailo abraçado à tua musicalidade,
danço ao ritmo do canto dos pássaros que
alegram o teu amanhecer.
Passo!
Sigo, corro atrás dos muitos devaneios que
só devaneio enquanto caminhando os teus
caminhos.
A brisa da madrugada, após banhar-se em
tuas fontes, parque olho d´água, sopra por
entre tuas árvores e passeia sobre relvas e
me veste com o teu perfume.
Por entre as tuas folhagens o sol,
indiscreto, observa a minha caminhada e
me acaricia com os primeiros raios de luz
e, então, sigo!
Sigo correndo, sonhando, devaneando os
devaneios que só devaneio quando em teus
caminho.
De repente, um passante, passa por mim
sem falar comigo e isto me inquieta.
Tudo bem, logo a seguir, vislumbro os
problemas desistindo de alcançá-lo.
A tua magia, parque Olho d´água, livra os
viventes dos pesadelos do dia a dia.
Meu amado parque Olho d´água!
O teu entardecer é uma sinfonia, é a
sinfonia que as sinfonias amam tocar.
De repente o céu se colore, se faz mais
lindo e te abraça com uma infinidade de
cores.
Neste momento os pássaros cantam para ti
as suas mais lindas canções do entardecer,
enquanto eu vivo mais este sonho.
Os
pássaros cantam por entre as folhagens
e emprestam a beleza e alegria do seu
cantar aos passantes que, sem perceberem,
desfrutam do prazer de caminhar os teus
caminhos.
Meu querido parque Olho d´água!
Dentre os viventes que te visitam no teu
dia a dia estou eu.
Eu que, em ti, parque Olho d´agua, vivo
cada um soa meus sonho.
São devaneios que brincam de esconde
esconde comigo atrás cada uma de tuas
árvores, são sonhos que anseio viver.
Meu amado parque Olho d´água, em mim,
para sempre, irás morar.
Lido da Silva, Brasília, março de 2012
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