segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Uma gota d´água.


Uma gota d'água despenca do céu, atira-se como
se fora empurrada, expulsa de sua morada e cai.
A gota caí!
A gota cai e morre, morre da mesma forma que,
um dia, eu também morrerei.
Num sorriso, a gota d'água desaparece sob a 
terra que a bebe, e mata a sua sede.

Uma gota de lágrima despenca dos meus olhos 
como se não devesse ali estar.
Ela cai. 
A gota de lágrima cai, cai no chão, se machuca e
chora.
Ela chora, molha a terra que a absorve.  
O solo bebe as minhas lágrimas com a mesma 
avidez que os bêbados bebem os seus cálices. 

Uma gota de "pensar" cai dos pensamentos que 
povoam a minha mente, então me desespero.
Desesperado espero que a calmaria, que assiste, 
de longe, a minha agonia, volte para escolher os
pensamentos que  posso "despensar".
Uma gota do "eu" despenca do que sou e, fico 
só.
Sozinho, me sinto como o soluço entalado em 
uma garganta preste a chorar. 

Uma gota despenca dos meus pecados e geme 
de prazer ao gozar a sua falsa liberdade. 
Pobre!
Esquece muito rápido as suas dores. 
Vou! 
Fui onde abandonei os meus bons pensamentos,
acreditando eles poderem se transformar nos 
mesmos pecados que rejeitei e, então uma gota
d´água cai.

           O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012.

                              *

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Amor, ame! - Love


Amor!
A se tu amasses com a sapiência dos sábios e a
Prudência dos medrosos!
Se soubesses o quanto amar é delicado, 
Amarias de forma tão suave que a sua amada
Só se perceberia amada, quando tocada pela 
Maciez dos teus lábios.
Quando penetrada pela intensidade do teu
Calor.

Amor! 
Por que amas machucando?
Por que amas despertando sentimentos, outros,
Que nada tem a ver com a tua delicadeza?
Amor! Ama, ama mas não faça sofrer a tua amada.
Ama mas não desperte o ciúmes que sempre 
Acorda mal humorado, cheio de ódio. 
Amor, ame! Ame e ensina-me a amar como amas.
Ensina-me a arte de fazer apaixonar sem 
Apaixonar-me.

Ama amor! 
Ame e seja tudo que o amor é quando se 
Apaixona.
Amor, ame!
Ama como o declamar das mais lindas poesias,
Como a mais intensa das paixões.
Ame amor!
Ame, tire a tua amada para dançar na rua sob o
Prateado da lua cheia que observa a todos lá 
Do céu. 
Ame amor!
Ame e recite as poesias que transformam o 
Perfume do orvalho da madruga em 
Vestimenta da paixão. 
Ame amor!
Seja tudo que o amor é,  e não deva explicações.

Ame amor! 
Ame e me conte o que é amar.
Me ensine o que é ser feliz e me induza ao amor.
Ame!
Ame e viva as fantasias que a paixão permite 
Viver.
Amor ame! 
Ame e cante as canções que os corações 
Embevecidos de amor gostam de dançar e ame.
Convide a tua amada para sair na noite e,
Juntos, observarem, as estrelas no céu a
Dançarem ao ritmo do teu amor. 
Amor, ame!

                                 *



Love


Love! O! If you love, loved with the wisdom of the wise
And with the prudence of a cowards. Love! If you love
Knew how gentle love is, you would love so smoothly
That your loved one would only notice you, when 
Touched by the tenderness of thy lips. Only when  
Penetrated by the intensity of thy heat.

Love! Why you love do hurt? Why your love do arousing
Feelings, others , which has nothing to do with your 
Kindness. Love! Love but do not bring suffering to thy 
Beloved. Love! Love but do not arouse the jealousy, 
Because jealousy always wakes in bad moody, and full of 
Hate. Love, love! Love and teach me to love as you do love.
Teach me the art of to be loved without to fall in love 
Myself.

Love, love! Love and be all that love is when he falls in love.
Love, Love! Love as the declamation of the most beautiful
Poems do, like the most intense passions. Love, love! Love
And take your loved one to dance along with you in the 
Street under the moon´s silvery that observe you from  
Heaven. Love, love! Love and recite the poems that 
Transform the scent of dew in the garb of passion. Love,
Love! Be all that love use to be and don´t be an explanations.

Love, love! Love and tell me what love is. Teach me what
Is to be happy and Induces me to love. Love! Love and live
The fantasies that passion allows to live. Love, love! Love
And sing the songs that hearts in love like dancing, and love.
Love! Invite your loved one to go out in the night and,
Together, observe the stars in the sky dancing in the rhythm
Of your love.  Love, Love!

                                  *
 



sábado, 20 de outubro de 2012

Verse - Verse


Faça uma rima! 
Canta! 
Canta as flores Despedaçadas pelas
Tempestades que freqüentemente 
Desabam sobre o amor.
Verse! 
Verse em versos apaixonados as 
Pétalas juntadas pelo amor em sua
Luta desesperada pela sobrevivência.
Verse! 
Verse a beleza da paixão que escorre
Dos teus olhos quando pranteias.

Escreva versos e verse em seus versos
Os amores que nasceram para 
Morrerem desiludidos, amando amor 
Erados. 
Escreva versos que versem em seus
Versos o oposto do que dizes em teus
Versos de amor. 
Escreva! Escreva tudo de acordo com 
O que te dita o teu coração.

Faça uma rima! 
Uma cantiga na qual embale a paixão 
Dos teus versos.
Faça cantigas que alegrem os amores
Que choram, escondidos no verso dos
Teus versos enquanto estes
Transbordam emoções fingindo ser
alegria. Faça uma rima.

Faça uma rima! 
Escreva versos que não se 
Envergonham das tristezas que 
Escondem em suas entrelinhas. 
Escreva rimas que não negam os
Amores frustrados escondidos sob
As batidas fortes do seu coração.

                     *



Verse

Make a rhyme! Sing! Singing the flowers
Shattered by storms which very often
Crumble over the love. Verse! Verse in a
Passionate verse the petals joined by the
Love in his desperate struggle for survival.
Verse! Verse the passion´s beauty which
Fall from your eyes when you cry.

Write a verse and verse in his back the
Loves that were born to die by loving a
Disillusioned love a bad love. Write
Verses which verse in their back the
Opposite of what you say in your love´s
Verses. Write! Write all in accordance to
What your heart tells you.

Make a rhyme! A song in which you  
console your passion´s verses. Write a
Songs that rejoice loves which mourn
Hidden in the back of your verse while
These ones pretending to be joy
Overflowing  emotions. Make a rhyme.

Make a rhyme! Write verses which will
Not feel ashamed of the sorrows which is
Hidden in their lines. Write rhymes that
Do not deny the frustrated love hidden
Under the beats of your heart.


                      *
 



Fale de mim



Fale de mim!
Fale!
Mas sempre que o fizer, diga o quanto me fizeste
sofrer.
Fale só as verdades, enfatize que o teu coração 
nunca teve a intenção de me querer.

Fale de mim! 
Fale de quantos sorriso meus, afogastes em 
decepções.
Confesse o quanto das minhas lágrimas 
derramastes sob os teus pés antes de eu te deixar.
Fale de mim!

Fale de mim! 
Fale, mas quando falar, comece assim; conte tudo!
Conte tudo, do princípio ao fim.
Fale do meu sofrimento sob tua batuta.
Fale como tudo entre nós se perdeu, mas fale!
Fale de mim.

                                    Lido da Silva - Brasília, outubro de 2012.

                                   *


Então tá



Então tá!
Ficamos assim. 
Fica tudo do jeito que está. 
Ficamos longe do começo e muito próximos do fim.
Então tá!
Ficamos assim.
Fica, o sem graça chegando, e o meu sorriso fugindo,
se escondendo de mim.

Então tá! 
Estavas correndo, caminhando de lá para cá, dos 
outros te afastavas, te achegando para mim. 
Foi assim!
Num piscar, te fechaste, engasguei, calei. 
Acho que chorei.  

Estamos assim!
Vais para lá, vens para cá.
Te apartas da vida, te abraças a mim.
Te guardo em meus braços e, então, foges para o 
sempre, e me deixas assim.
E assim, vivo sem ti. 

Então tá, 
Não sorris de alegria, mas, também, não choras por
mim.
Esperas por um dia, por um dia que crês ainda não 
haver chegado para ti.
Humilde, penso ser, eu, o dia pelo qual anseias, 
mas te recusas a reconhecer este dia mim.
E, então, ficamos assim.

               O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012.

                              *


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quando o sol



Ao entardecer, quando o sol toma os montes,
em seus braços, me calo.
Me calo e, em silêncio, ouço os pássaros 
declamarem as poesias que a paixão, em
dia de inspiração, declamam. 
Extasiado, assisto o amor renascer de uma 
experiência chamada desamor.
Do desamor que acreditou poder asfixiar, até 
a sua morte, o amor. 

Quando a brisa da madrugada sopra as flores 
e enche a atmosfera da suas essências, eu 
faço uma prece. 
Oro e permito que esse momento me leve 
até onde o devaneio consegue levar o 
vivente. 
Apaixonado, sou desassossegado pelo
desassossego que desassossega os 
apaixonados.

Assistindo a lua, faceira, rodeada pelas 
estrelas, como essas fossem suas damas de 
companhia, passeando pelo céu, em minhas
fantasias, pretensioso, acredito estar ela 
caminhando em ao meu encontro.
Acredito estar a lua, desejosa de ganhar o 
meu amor e, então, a amo.

Ao fim do entardecer, quando o sol toma 
os montes em seus braços e os leva para se
deitarem consigo, abraço a lua e, abraçado
a ela, assisto as estrelas em seus eterno 
bailar. 
Devaneando tudo que me é dado a 
devanear, adormeço nos braços da lua e só 
me desperto quando o sol vem me acordar.

    O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012.

                       *




terça-feira, 16 de outubro de 2012

O medo do meu coração



Te amarei!
Ainda que me recusando a beber dos teus desenganos,
e não aceitando a derramar, por ti, os meus prantos,
te amarei. 
Te amarei! 
Independente do medo de te amar estar à porta do meu
coração, te amo.

Te amarei!
Mas não beberei das tuas mágoas, não permitirei que
derrames em minha boca o que a tristeza te der para 
beber.
Não permitirei que tomes a minha mão para me levar
aonde te recusas ir sozinha, mas te amarei.
Te amarei!

Te amarei!
Não tomarei, por minhas companheira, as tuas 
desventuras.
Não te farei companhia em tuas noites vazias, mas te
amarei.
Te amarei!
Independente do medo que assiste, assustado, eu 
tomar o mesmo caminho que, em meus momentos de
angustias, jurei nunca mais caminhar.

Te amarei!
Te amarei mas não permitirei que me leves consigo
quando fores ao encontro da tristeza.
Te amarei, mas não estarei contigo quando os braços,
gelados, da solidão te abraçarem.
Te amarei!

Te amarei!
Te amarei, ainda que o meu medo de te amar, 
ressabiado, não aceite que eu te ame, te amarei.
Te amarei!
Te amarei, mas não te amparei no momento em que o
adeus, decepcionado contigo, acenar para ti.

             O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012
 

                               *

 


Em meu interior

Observando as minhas atitudes interior, percebo os meus pecados ansiando por pecar.  Percebo a inquietude do meu espírito e o seu protestand...