Te amarei!
Ainda que me recusando a beber dos teus desenganos,
e não aceitando a derramar, por ti, os meus prantos,
te amarei.
Te amarei!
Independente do medo de te amar estar à porta do meu
coração, te amo.
Te amarei!
Mas não beberei das tuas mágoas, não permitirei que
derrames em minha boca o que a tristeza te der para
beber.
Não permitirei que tomes a minha mão para me levar
aonde te recusas ir sozinha, mas te amarei.
Te amarei!
Te amarei!
Não tomarei, por minhas companheira, as tuas
desventuras.
Não te farei companhia em tuas noites vazias, mas te
amarei.
Te amarei!
Independente do medo que assiste, assustado, eu
tomar o mesmo caminho que, em meus momentos de
angustias, jurei nunca mais caminhar.
Te amarei!
Te amarei mas não permitirei que me leves consigo
quando fores ao encontro da tristeza.
Te amarei, mas não estarei contigo quando os braços,
gelados, da solidão te abraçarem.
Te amarei!
Te amarei!
Te amarei, ainda que o meu medo de te amar,
ressabiado, não aceite que eu te ame, te amarei.
Te amarei!
Te amarei, mas não te amparei no momento em que o
adeus, decepcionado contigo, acenar para ti.
O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012
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Profundo!!!! Obrigada por partilhar conosco tão belo poema.
ResponderExcluirAbraços.
Raquel