quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Quando o sol



Ao entardecer, quando o sol toma os montes,
em seus braços, me calo.
Me calo e, em silêncio, ouço os pássaros 
declamarem as poesias que a paixão, em
dia de inspiração, declamam. 
Extasiado, assisto o amor renascer de uma 
experiência chamada desamor.
Do desamor que acreditou poder asfixiar, até 
a sua morte, o amor. 

Quando a brisa da madrugada sopra as flores 
e enche a atmosfera da suas essências, eu 
faço uma prece. 
Oro e permito que esse momento me leve 
até onde o devaneio consegue levar o 
vivente. 
Apaixonado, sou desassossegado pelo
desassossego que desassossega os 
apaixonados.

Assistindo a lua, faceira, rodeada pelas 
estrelas, como essas fossem suas damas de 
companhia, passeando pelo céu, em minhas
fantasias, pretensioso, acredito estar ela 
caminhando em ao meu encontro.
Acredito estar a lua, desejosa de ganhar o 
meu amor e, então, a amo.

Ao fim do entardecer, quando o sol toma 
os montes em seus braços e os leva para se
deitarem consigo, abraço a lua e, abraçado
a ela, assisto as estrelas em seus eterno 
bailar. 
Devaneando tudo que me é dado a 
devanear, adormeço nos braços da lua e só 
me desperto quando o sol vem me acordar.

    O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012.

                       *




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