terça-feira, 2 de outubro de 2012

O amanhã



Amanhã!
O manhã é um tempo tão distante do agora,  que
até parece uma miragem no horizonte.
Amanhã!
O amanhã é um desejo, é uma súplica, uma 
esperança, é isto que o "amanhã" é! 
O amanhã, visto do prisma que o vejo, nada mais
é que uma expectativa vazia, pura fantasia.
Vejo o amanhã como um tempo que o tempo
ainda não experimentou, não viveu.
Entendo o amanhã como sendo um sonho, uma 
vontade, a minha vontade de superar o hoje. 

Amanhã! 
O amanhã, até que ele chegue, nada mais é que
perspectiva, são as incertezas antevendo o 
futuro que, despreocupado, não tem pressa de 
chegar.
Amanhã! 
O amanhã é aquele sujeito que brinca com a 
imaginação dos viventes, é um desconhecido
que cria nas pessoas o medo, a dúvida e a 
incerteza de que ainda estarão aqui quando ele 
chega.
Tenho o amanhã como aquela pessoa que não
se importa em deixar os outros esperando por
ela.  

Guardo o amanhã, como o tiquetaquear de um 
relógio que tiquetaqueia conforme à sua vontade.  
Amanhã! 
Tenho o amanhã, como aquele sujeito que, 
sabendo da pressa do vivente, tem prazer em o 
fazer esperar. 
O amanhã é como alguém de pouco zelo, gente 
com quem a gente não deve brincar.
Amanhã! Não me chegues antes do amanhecer 
nem, tampouco, depois do anoitecer, eu quero te
viver. 

                    O Mensageiro - Brasilia, outubro de 2012.

                            &

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