Amanhã!
O manhã é um tempo tão distante do agora, que
até parece uma miragem no horizonte.
Amanhã!
O amanhã é um desejo, é uma súplica, uma
esperança, é isto que o "amanhã" é!
O amanhã, visto do prisma que o vejo, nada mais
é que uma expectativa vazia, pura fantasia.
Vejo o amanhã como um tempo que o tempo
ainda não experimentou, não viveu.
Entendo o amanhã como sendo um sonho, uma
vontade, a minha vontade de superar o hoje.
Amanhã!
O amanhã, até que ele chegue, nada mais é que
perspectiva, são as incertezas antevendo o
futuro que,
despreocupado, não tem pressa de
chegar.
Amanhã!
O amanhã é aquele sujeito que brinca com a
imaginação dos viventes, é um desconhecido
que cria nas pessoas o medo, a dúvida e a
incerteza de que ainda estarão aqui quando ele
chega.
Tenho o amanhã como aquela pessoa que não
se importa em deixar os outros esperando por
ela.
Guardo o amanhã, como o tiquetaquear de um
relógio que tiquetaqueia conforme à sua vontade.
Amanhã!
Tenho o amanhã, como aquele sujeito que,
sabendo da pressa do vivente, tem prazer em o
fazer esperar.
O amanhã é como alguém de pouco zelo, gente
com quem a gente não deve brincar.
Amanhã! Não me chegues antes do amanhecer
nem, tampouco, depois do anoitecer, eu quero te
viver.
O Mensageiro - Brasilia, outubro de 2012.
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