sábado, 20 de outubro de 2012

Então tá



Então tá!
Ficamos assim. 
Fica tudo do jeito que está. 
Ficamos longe do começo e muito próximos do fim.
Então tá!
Ficamos assim.
Fica, o sem graça chegando, e o meu sorriso fugindo,
se escondendo de mim.

Então tá! 
Estavas correndo, caminhando de lá para cá, dos 
outros te afastavas, te achegando para mim. 
Foi assim!
Num piscar, te fechaste, engasguei, calei. 
Acho que chorei.  

Estamos assim!
Vais para lá, vens para cá.
Te apartas da vida, te abraças a mim.
Te guardo em meus braços e, então, foges para o 
sempre, e me deixas assim.
E assim, vivo sem ti. 

Então tá, 
Não sorris de alegria, mas, também, não choras por
mim.
Esperas por um dia, por um dia que crês ainda não 
haver chegado para ti.
Humilde, penso ser, eu, o dia pelo qual anseias, 
mas te recusas a reconhecer este dia mim.
E, então, ficamos assim.

               O Mensageiro - Brasília, outubro de 2012.

                              *


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