Do beijo ao terço é só uma corrida ao
Avesso do que vejo ao escurecer do
Dia.
O beijo é uma prece feita para
Ninguém, é o amém.
É um amém que grita na escuridão da
Madrugada. Que nada!
É o medo do além.
Do beijo ao terço é só um soluço.
É o curso do desengano, o pretexto,
Algo de causar dó.
O terço é a pedrada que grita ao
Quebrar a vidraça do silêncio para
Desnudar a verdade que dorme ao
Relento, e levanta-se irada.
Levanta-se irado mas o faz sem
Reclamar, ela não deveria dormir.
Do beijo ao terço é um passo só.
É o regaço do que tenho dó, é o
Pedido de desculpas do inocente que,
Sem culpa, se desculpa só para ver-se,
O mais rápido possível, sozinho
Agasalhado em sua Timidez.
Do beijo ao tropeço é um descuido só.
É o atropelo do que lhe bate na face e
Sorri da vergonha que causa.
É a lágrima que cai, é a situação em
Que o sorriso ri e provoca embaraço.
E o descaso que o acusa de
Envergonha-lo.
Janeiro 05, 2013
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