quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O que dizer de mim? - What about me? - Crônica


O que dizer do sol que desarraigado do amor esconde-se
Com medo das tempestades?
O que pensar dos pensamentos desnudos que em seus desvairos
Desfilam em meus pensamentos sem se importarem com o meu pudor?
Não penso, esqueço.
Não importa! Me engano, finjo fazer o que quero ignorando os 
Pensamentos críticos do amanhã.
Por falar em amanhã?
Por onde ele anda? 
Cismo que o amanhã deve estar bebendo num desses  butecos da vida.
Nem sei se ele amanhã virá, nunca espero por ele.
O hoje já me toma tempo demais para eu me preocupar com o amanhã
Incerto.
Ontem, no meio do dia, vi o sol observando de soslaio o vento que
Despontava no horizonte, vindo do gélido norte.  
Ao sentir-se observado por mim , ele escondeu-se. 
Por alguns momentos pensei que o sol se escondia de mim por timidez, 
Mas logo percebi que ele se escondeu porque não queria que eu 
Soubesse do seu medo, do seu medo de escuro.
Não gosto dos pensamentos. Os pensamentos são fingidos, são 
Traiçoeiros. 
Os pensamentos  escondem os seus medos nos medos que não são
Dados aos pensamentos pensar.
Pobre da chuva que chora a sua tristeza sozinha! 
A chuva chora, ela chora, pranteia sem que eu a observe,
A chuva pranteia até que em desespero ela fere, ela me machuca
Então choro.
Outro dia vi a chuva achegando-se timidamente do sol, mas este se
Escondeu. Penso que o sol não gosta da. 
Bem! Transbordando sua frustração e tristeza a chuva choveu,
Me molhou me entristeceu.
Falo do vento o qual não o percebo até que ele me enche os olhos
De poeira. 
Porque haveria de me importar com a dor e com as lamúrias do vento? 
Quer saber: tanta indiferença desperta a ira do tempo que,
Por vingança, enruga a minha face.
O ontem morreu ignorado por mim. 
Morreu sem que eu soubesse o que ele significou em minha vida. 
Pobre de mim!
Destino ingrato o das coisas que morrem e mudam para um futuro
Onde não sabem se um dia sol lá haverá de brilhar.
O que dizer da minha pessoa que está sendo consumida pelo tempo?

                                                                                              Outubro 10, de 2013

                                     &



What about me?


How about the sun, that lost from love hid himself fearing the
Storms?
What about the bare thoughts that in their madness walks in
My thoughts without care of my shyness?
I stop to think,  I forget. Never mind! I fool myself and pretend
To do what I want to do ignoring the critical thoughts from
Tomorrow.
Talking about tomorrow, where has it gone?
I think that the tomorrow is at, one of these pubs of the life
Trying to get drunk.
I am not sure if the tomorrow will come to me, well! I never
Wait for him. The today already takes me too much time to
Me worry about the tomorrow which I know is something that
Does not exist yet .
Yesterday, in the middle of the day, I saw the sun looking the
A wind which loomed on the horizon, the cold wind from the
North.
The sun, finding him observed by me, he disappeared.
For a moment I thought he runs away because of shyness but
Soon I realized that the sun hid himself because he doesn't
Want me to know of his fear, his fear of the dark.
I don´t like the thoughts, the thoughts are hypocrites, they
Are treacherous.
The thoughts hide their fears in the fears of the thoughts that
Are not given to thinking.
Poor rain that cries her sorrow alone! She cries, she mourns
Without I notice it until she, in desperation, hurts me.
She hurts me and I cry.
The other day, I saw the rain coming shyly closer to the sun,
But the sun walked away from her. I think the sun does not
Like the rain. Then, overflowing her frustration and sadness
The rain rained and I got wet, I got sad.
I do talk about the wind which I did not realize it until he fills
My eyes with dust. Why should I care about the pain and the
Wailing of the wind? You know what? Such indifference
Arouses the anger of wind and, in his revenge, he wrinkles
My face.
The yesterday has died ignored by me. He died without
I know what he was been in my life. Poor of me!
Unfear destine! The destine of the things that die and move
To a future where they don´t know if one day there will be
Sun shine.
What to say about me being forgotten in time?

                                                          October 10, 2013


                                     &



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