quarta-feira, 11 de julho de 2012

Mulher mundana


Corrupção, mulher mundana, desconhecedora de
qualquer tipo de escrúpulo, ela mata.
A corrupção contamina o caráter dos fracos e 
induz os incautos a tomá-la por amante.
Matreira, a corrupção sabe como distorce a 
verdade, ela sabe como distorcer os fatos no
intuito de induzir os viventes a acreditarem não 
ser ela tão desonesta o quanto na verdade é.
Cuidem com este tipo de mulher.

Sendo mulher vingativa, a corrupção quando 
desmascarada, veste-se de ódio e, então, persegue
e mata.
A corrupção mata, ela tanto mata àqueles que se 
deitam com ela, como os se atrevem a aponta-la 
quando ela sai às ruas.
Rancorosa, a corrupção persegue os que se 
atrevem a contradizê-la, e persegue os que a
rejeita depois de terem convivido com ela.
A corrupção odeia os entram em desacordo com 
sua vontade.
Vaidosa, ela nunca aceita o "não".

A corrupção tira crianças das escolas e as entrega
ao crime, as entrega à miséria que as escraviza.
A corrupção armas adolescentes e os ensina a 
roubar e matar. 
A corrupção, como mulher mundana, induz 
adolescentes à prostituição, a perdição e a toda 
sorte de vícios. 
Despudorada a corrupção destrói estradas, 
hospitais e famílias.   
A  corrupção, sendo mulher da vida,  circula pelas
vias das cidades em busca de incautos dispostos a 
pagar por seus serviços.  

A corrupção existe desde que o mundo é mundo,
mundana como é, ela se oferece em todos os 
lugares. 
A corrupção é um vício ao qual o seu abduzido
recorre sempre que tem oportunidade.
Como qualquer outro vício, a corrupção escraviza
o seu dependente. 
O vivente abduzido pela corrupção precisa da 
mesma ativa e/ou passivamente para sobreviver, 
é um escravo.
No caso da corrupção, o que move o viciado não 
é a necessidade do objeto almejado, mas a 
necessidade do ato de corromper ou ser 
corrompido.
Um segundo nos braços da corrupção, é o 
suficiente para o vivente se tornar seu escravo 
para sempre. 

O Mensageiro-Brasília, julho de 2012.

                 *

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