É tudo!
É quase nada se comparada ao sopro que,
pretensioso, sopra o mundo pensando ser
uma ventania.
Uma anedota!
Uma estória que, se não refletisse
pensamentos descabidos, não passaria de
um caso que foi contado sem ter um
final.
É um pé descalço, calçado em um sapato
sem sola.
É um sapato que deixa ferir quando pisa
sobre pedras pontiagudas.
Pedras, são pedras que ali foram atiradas
como que para machucar, para humilhar.
É!
Enfim, é um pé descalço, um pé no chão,
um pé inocente para ser machucado.
O perdão!
O perdão, se cuspido por lábios irados,
perde o seu calor.
Perde o seu calor e, os ouvidos que o
ouve, não o escuta e, se o escuta, o odeia.
Lábios que fecham bocas em momentos
de fúria, se descontrolados, machucam,
ferem e depois não conseguem sorrir.
A ferida aberta, se caladas, sangra como
lágrimas a escorem em faces inocentes.
O sorriso sem graça é nada se
comparado a uma anedota fora hora, e o
abraço recolhido doí mais que a lágrima
reprimida.
Enfim a luz.
É como a luz que brilha intensamente
sobre olhos que se recusam a não
enxergar em meio à escuridão.
Uma mão!
A mão que afasta para os lados os
problemas que insistem em não
desobstruir o caminho da vida, é mão
que caminha, é mão que apenas adia as
dificuldades.
O fim é quase nada, se comparado ao
sopro da brisa que, pretensiosa, pensa
ser uma ventania, quiçá, sugerindo ser
uma tempestade.
O fim é um juízo, uma condenação,
uma sentença, lágrimas, solução.
O Mensageiro - Brasília, julho de 2012.
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