Como tudo na vida, passou.
Passou, desceu a rua, dobrou à primeira
esquina, sumiu.
Não disse para onde ia, aqui não ficou,
foi!
Foi para algum dia imerso futuro ou,
talvez, para algum tempo esquecido no
passado.
O fato é, que se foi, aqui não ficou.
Foi e deixou
muitas lágrimas molhando
as minhas noites de angústia.
Passou!
Não quis ficar comigo, e nem ficou com
ninguém.
Foi e deixou a tortura da falta de nexo,
deixou tortura do silêncio vomitando a
sua indignação em meu colo.
Passou!
Foi para onde o esquecimento se recusa
a ir, foi mas permanece em meu
consciente cobrando o que nunca
prometi.
Partiu como alegria, e permanece em
mim como agonia.
Passou!
Acabou!
Acabou como o fim de uma história,
como um romance que parei de ler
sem conhecer o seu final.
É como algo que fincou raiz em mim.
Foi!
Partiu para um tempo que vivi, sem me
dar conta de o ter vivido.
Ou, talvez tenha ido
para um dia que
ainda não chegou para mim.
Foi e levou consigo o que eu acreditava
restar de felicidade, e deixou o pesadelo
da sua ausência.
Passou!
Passou como tudo nesta vida passa.
Lido da Silva, - Brasília, julho de 2012
*
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