Constantemente observo a arrogância e a estupidez
zombando da inteligência.
Me entristece assistir gente estúpidas, pessoas que
tiveram a sorte de poder freqüentar boas escolas,
tripudiando da inteligência dos inteligentes que,
por fatores alheios à suas vontades, não tiveram a
essa mesma sorte.
A cultura ilude o estúpido e o faz crer ser mais
inteligente que os outros.
O estúpido, normalmente guiado por sua falta de
sensatez, atropela todos os princípios da
inteligência.
Me dói saber de um estúpidos em cargo de chefia,
dando ordens.
O estúpido em posição de mando é um açoite à
sensatez, é o bom senso perdendo o senso, é o
absurdo atravessando a barreira do absurdo para
se fazer parecer normal.
Me é difícil aceitar como algo normal, o anormal.
Os estúpidos odeiam a inteligência pelo simples
fato de esta não os aceitar como iguais.
Me dá arrepios saber da inteligência sendo
sufocada, pisoteada por criaturas que se não
fossem batizadas gente não seriam.
Sofro ao ouvir a inteligência pedir socorro quando
os estúpidos, acreditando serem inteligentes, falam
de artes com pose de mestre.
É nessas ocasiões que a inteligência sofre a sua
agonia maior.
Ao perceber o aproximar de um estúpido, a
inteligência correr, se esconder e permanece
escondida até que a situação se desfaça.
O estúpido, naturalmente desprovido de
inteligência, concorda sempre com aqueles que ele
acredita ocuparem posição social acima da qual ele
se encontra, ainda que estas estejam erradas.
O estúpido, ainda que culto, é incapaz de ter ideias
próprias, ele é a personificação da estupidez
zombando da inteligência.
Lido da Silva, Brasília, novembro de 2011
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