Errante, ando errando, viajo mundo a fora buscando
O que não perdi.
Procuro pessoas que
fogem de mim, busco um eu
Que se perdeu procurando o que
nunca teve, o que
Nunca conheceu.
Sou um errante que bate em
portas abertas, em
Portas que não tenho gana de entrar.
Bato em
portas que se recusam a abrir-se para mim.
Sigo errante,
errando, buscando o que não perdi, o
Que nunca me pertenceu, o que nunca foi meu e
Sigo errando.
Bato em portas abertas chamando por um "eu“ que
Se recusa a abrir-se para
mim.
Errante busco as pessoas
que amo, mas estas me
Ignoram, me guardam no esquecimento.
Errante ignoro, minto, não demonstro afeto para
Com as pessoas que me
amam enquanto choro
Por aquelas que já me esqueceram e então
me
Pergunto: – O que é o amor?
Para que amar se amar não
garante que serei
Amado?
Ando errando, buscando por
pessoas que fogem de
Mim, pessoas que me rejeitam, que não gostam
da
Minha presença.
Errante erro quando, procurado por pessoas que
Rejeito, pessoas as quais não gosto e as ignoro.
Errante, tento segurar o
vento e gritar em silêncio
Para ninguém me ouvir.
Errante, grito e
ouço resposta das pessoas as quais
Não estou interessado ouvir.
Por onde andam as pessoas que amo?
Onde estão todos que
sonho em ter perto de mim?
Errante, procuro acertar e,
tentando acertar, erro
Mais e mais.
Errante, sem acertar, não
entendo que o que penso
Ser acerto é um erro e erro, erro quando fujo
dos
Meus erros.
Errante, ando pelo mundo buscando o que perdi no
Tempo.
Perdido procuro um amor que me foi dado, que
Tenho, que é
meu mas me recuso aceitá-lo.
Amargurado por não aceitar
um amor que é meu,
Ando errando e errante, sonho com um amor
que
Nunca me pertenceu.
Lido da Silva
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário