sábado, 3 de dezembro de 2011

Morando em teu esquecimento


Hoje moro no teu esquecimento, um lugar distante
onde os teus pensamentos nunca vão.
Vivo onde fui esquecido por ti,
onde fui esquecido pelo teu amor. 
O teu desprezo me encarcerou em uma cela, onde
a luz e o calor do teu olhar não chega,  onde o teu
esquecimento mora. 
Vivo esquecido por ti em um lugar onde, nem por
Equívoco, passas. 
Estou perdido, vivendo o pesadelo do teu 
esquecimento.

Passas por mim e finges não me reconhecer, os 
teus olhos evitam o meu olhar que os procuram  
insistentemente. 
Quando me encontras a tua indiferença fala 
comigo, ela me abraça, envolve meu corpo e o 
aperta. 
A tua indiferença aperta o meu corpo até fazer 
sangrar as feridas do meu coração,  então choro.
Choro uma dor que só os desprezados sabem o 
quanto dói. 
Choro a dor que só os que moram no 
esquecimento experimentam. 
Estou vivo, mas ainda estando vivo, estou morto
para ti, estou sepultado em teu esquecimento.

Moro em tua indiferença. 
Me enterraste em teu esquecimento, onde a 
frieza do teu olhar repousa e o sol nunca brilha.
Moro onde a única chuva que chove, é a chuva 
vertida pelos meus olhos.
Me guardastes no teu esquecimento!
Um esquecimento que não lhe permite nem do 
meu nome te lembrar.
Me esquecestes, obrigastes o teu pensamento 
mudar de caminho para que ele nunca mais passe 
onde me enterrastes. 
Me guardastes em teu esquecimento.

            Mauro Lucio - Brasília, dezembro de 2011.


                        *



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Devotos da perversidade. - Devotees of wickedness.

  Me recuso a acreditar que mentes sanas deem a luz a pensamentos insanos. Não! Definitivamente não creio que aconteça  de um coração justo ...