onde os teus pensamentos nunca vão.
Vivo onde fui esquecido por ti,
onde fui esquecido pelo teu amor.
O teu desprezo me encarcerou em uma cela, onde
a luz e o calor do teu olhar não chega, onde o teu
esquecimento mora.
Vivo esquecido por ti em um lugar onde, nem por
Equívoco, passas.
Estou perdido, vivendo o pesadelo do teu
esquecimento.
Passas por mim e finges não me reconhecer, os
teus olhos evitam o meu olhar que os procuram
insistentemente.
Quando me encontras a tua indiferença fala
comigo, ela me abraça, envolve meu corpo e o
aperta.
A tua indiferença aperta o meu corpo até fazer
sangrar as feridas do meu coração, então choro.
Choro uma dor que só os desprezados sabem o
quanto dói.
Choro a dor que só os que moram no
esquecimento experimentam.
Estou vivo, mas ainda estando vivo, estou morto
para ti, estou sepultado em teu esquecimento.
Moro em tua indiferença.
Me enterraste em teu esquecimento, onde a
frieza do teu olhar repousa e o sol nunca brilha.
Moro onde a única chuva que chove, é a chuva
vertida pelos meus olhos.
Me guardastes no teu esquecimento!
Um esquecimento que não lhe permite nem do
meu nome te lembrar.
Me esquecestes, obrigastes o teu pensamento
mudar de caminho para que ele nunca mais passe
onde me enterrastes.
Me guardastes em teu esquecimento.
Mauro Lucio - Brasília, dezembro de 2011.
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