Enfermo o meu corpo dói.
O meu corpo dói como se estivesse sendo
Espremido pelos meus erros, pelos meus pecados.
O meu corpo dói mais que a consciência diante
De um espelho encarando as suas faltas.
Ele dói como que para extirpar as impurezas que
A minha vida errante lhes troce.
O meu corpo está enfermo.
Enfermo o meu corpo dói.
Ele tosse, se contorce e sente frio.
O meu corpo enfermo definha.
Ele míngua como uma folha secando.
O meu corpo murcha como um fruto se
Preparando para abandonar o ramo que o
Sustenta.
O meu definha como as folhas morta arrastadas
Pelo vento.
O meu corpo dói
Ele está enfermo, e enfermo, definha como os
Pensamentos vencidos, os pensamentos
Abandonados pela esperança.
O meu corpo dói.
O meu corpo dói mais que a consciência diante
de suas culpas.
O meu corpo enfermo definha.
O meu corpo seca, abandonado pela vida que
Se esvai, ele seca como tudo que não tem
Mais razão para querer viver.
*
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